São Paulo, 08/03/2019 - O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou hoje, em entrevista ao Broadcast/Estadão, que a estratégia de comunicação para defender a reforma da Previdência inclui o uso ativo das redes sociais pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele afirmou que a comunicação em torno da reforma é uma das preocupações do Palácio do Planalto e destacou que o projeto do governo anterior "foi vencido pela narrativa".
Segundo o secretário, outras alternativas de comunicação e retirada de dúvidas serão utilizadas - incluindo um call center e um canal no YouTube -, mas frisou que o presidente é forte e tem capilaridade nas redes sociais. "É onde o presidente é mais forte. Ele é a prova viva de uma ruptura com modelos tradicionais. É onde presidente tem mais inserção, mais capilaridade e poder de convencimento", disse.
Marinho minimizou as recentes declarações do presidente da República, que sinalizou que o governo estaria disposto a negociar as regras para idade mínima das mulheres e do Benefício de Prestação Continuada (BPC). "O que o presidente falou, principalmente sobre BPC, foi exemplificando pontos que foram realçados por congressistas e que poderiam eventualmente ser modificados dentro do Parlamento, mas não como um consentimento do presidente para que isso ocorra", disse.
O secretário destacou ainda que considera o atual texto da reforma da Previdência "confortável" de ser defendido, por ter se preocupado em atacar as críticas feitas ao texto anterior, do ex-presidente Michel Temer. Entre esses pontos, ele cita a equidade entre funcionalismo e iniciativa privada. "Nós não estamos prevendo sequer a transição para o funcionário público federal porque reconhecemos que eles estão dentro de uma camada diferenciada da população. Nós vamos imediatamente para aquela idade 57/61, e quem quiser integralidade precisa contribuir por 40 anos e ter 65 anos", afirmou. (Bárbara Nascimento)
