Nova Iorque, 18/03/2022 - Donald Trump afirmou, neste sábado, que sua prisão é iminente e emitiu um apelo para que seus apoiadores protestem enquanto o júri de Nova York investiga pagamentos em dinheiro às mulheres que supostamente tiveram encontros sexuais com o ex-presidente.
Mesmo com o advogado e porta-voz de Trump dizendo que não houve comunicação dos promotores, Trump declarou em um post nas redes sociais que espera ser levado sob custódia na terça-feira.
Sua mensagem parecia projetada para antecipar um anúncio formal dos promotores e para galvanizar a indignação de sua base de partidários com antecedência de acusações amplamente antecipadas. Em poucas horas, ele enviou um e-mail de arrecadação de fundos para apoiadores, enquanto republicanos influentes no Congresso emitiram declarações em sua defesa.
"É hora! Nós não podemos mais permitir isso. Eles estão matando nossa nação enquanto nos sentamos e assistimos. Devemos salvar a América! Protesto, protesto, protesto!!!", escreveu o ex-presidente norte-americano.
Acredita-se que o promotor Alvin Bragg esteja de olho em acusações da investigação do dinheiro supostamente pago por Trump a mulheres por serviços sexuais e recentemente ofereceu a Trump a chance de testemunhar perante o júri. As autoridades locais estão se preparando para as ramificações de segurança pública de um processo sem precedentes de um ex-presidente americano.
Não houve, porém, nenhum anúncio público de qualquer prazo para o trabalho investigativo do júri no caso. Espera-se que haja pelo menos uma testemunha adicional, indicando ainda que nenhum voto para indiciar ainda foi feito, de acordo com uma pessoa familiarizada com a investigação que não estava autorizada a discutir publicamente o caso e falou sob condição de anonimato.
Assessores e equipe jurídica de Trump estão preparando a possibilidade de uma acusação. Se isso acontecer, ele seria preso apenas se ele se recusasse a se render. Os advogados de Trump disseram anteriormente que ele seguiria o procedimento normal, o que significa que ele provavelmente concordaria em se render em uma delegacia do Departamento de Polícia de Nova York ou diretamente no escritório de Bragg.
Além do inquérito de dinheiro secreto em Nova York, Trump enfrenta investigações criminais separadas em Atlanta e Washington sobre seus esforços para desfazer os resultados das eleições de 2020.
Um advogado especial do Departamento de Justiça também tem apresentado evidências perante um grande júri investigando a posse de centenas de documentos confidenciais em sua propriedade na Flórida. Não está claro quando essas investigações terminarão ou se resultarão em acusações criminais, mas continuarão independentemente do que acontecer em Nova York, ressaltando a gravidade em curso - e o amplo escopo geográfico - dos desafios legais enfrentados pelo ex-presidente./ Fonte: AP
