Política
12/01/2022 10:33

Papo com Editor: Governador da BA pede pacificação nacional, mas com cada um 'na sua caixinha'


Por Bruno Luiz e Matheus de Souza

Salvador, 11/01/2022 - O governador da Bahia, Rui Costa (PT), defendeu, em entrevista ao Papo com Editor, do Broadcast Político, a aliança entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (sem partido) para a eleição presidencial de 2022 como forma de realizar uma "pacificação nacional". Para ele, será impossível que o próximo presidente governe o País sem driblar a polarização política. No entanto, segundo o petista, é preciso que cada instituição esteja "na sua caixinha de origem", ou seja, sem as interferências entre poderes.

"Sou a favor de uma aliança mais ampla. Brasil precisa de projeto que consiga fazer uma concertação nacional. O Brasil vive problemas crônicos. Se queremos ocupar um lugar relevante no mundo, temos que ter mais unidade nacional, consolidar e ter parâmetros mais de estado e menos de governo", defendeu. "É preciso pacificar o País, dar estabilidade jurídica, que cada instituição volte para sua caixinha de origem. Ministério Público é Ministério Público, Justiça é Justiça, política é política, Parlamento é Parlamento", completou.

Costa também avaliou que, caso vença o pleito, Lula receberá um País "muito pior" do que recebeu em 2003, quando foi eleito pela primeira vez e sucedeu Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Segundo ele, o Brasil precisará de investimentos internacionais para conseguir retomar o desenvolvimento.

"Conversei com o ex-presidente Lula e ele receberá [se eleito] um País muito pior do que recebeu em 2003, inclusive de possibilidade de ferramentas governamentais para fazer políticas de indução ao desenvolvimento e geração de emprego. Nós dependeremos muito, pela ausência de poupança interna, de investimento direto internacional".

Costa ainda criticou o orçamento secreto e disse não ser inconcebível que os recursos para gestão tenham sido apropriados pelo Congresso Nacional para "toma lá, dá cá".

Eleição local
Ao falar sobre as eleições na Bahia, o governador criticou o ex-prefeito de Salvador e presidente nacional do DEM, ACM Neto, a quem classificou como aliado de Bolsonaro. ACM Neto lançou pré-candidatura ao governo e deve disputar a sucessão de Costa com o ex-governador e atual senador Jaques Wagner (PT). "Quem comanda a maioria dos cargos no Nordeste? Quem comanda a Codevasf. Quem comanda o Dnocs? São os deputados do partido de ACM Neto", criticou.

Contato: brunol.santos@estadao.com e matheus.silva@estadao.com

O vídeo da entrevista com o Costa está disponível para assinantes do terminal broadcast+ na Broadcast TV, em Comentário Político, e no Broadcast Político.

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