Brasília, 14/06/2017 - O corretor financeiro Lúcio Bolonha Funaro, apontado como operador do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do PMDB da Câmara, prestou depoimento na tarde desta quarta-feira, 14, na Polícia Federal, em Brasília. A oitiva foi solicitada pela PF no âmbito do inquérito da operação Patmos, que investiga o presidente Michel Temer.
Funaro falou por cerca de três horas aos investigadores. O Estadão apurou que a audiência teve como objetivo ouvir do corretor alguns esclarecimentos sobre depoimentos anteriores e sobre sua relação com o grupo político ligado a Temer.
Funaro negocia um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República. Na sexta-feira, 9, ele contratou o advogado Antonio Figueiredo Basto, que atuou em mais de dez delações na Lava Jato, incluindo a do doleiro Alberto Youssef. Entretanto, a coordenação da defesa de Funaro ainda continua sob a tutela do criminalista Bruno Espiñeira.
Na proposta de delação encaminhada à PGR, o corretor detalhou sua atuação para as empresas de Joesley Batista e confirmou ter atuado em casos investigados nas operações Sépsis e Cui Bonno?. O principal alvo da proposta de acordo de Funaro seria o presidente Temer. O corretor prometeu ainda relatar operações financeiras envolvendo desvios praticados pelo PMDB da Câmara. (Fabio Serapião)