Política
08/12/2017 17:28

Imbassahy pede demissão do cargo de ministro da Secretaria de Governo


Brasília, 08/12/2017 - O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, pediu demissão nesta sexta-feira, um dia antes da convenção do PSDB. O deputado Carlos Marun (PMDB-MS), relator da CPMI da JBS, deve assumir o lugar de Imbassahy, cuidando da articulação política com o Congresso num momento em que o governo tenta votar a reforma da Previdência na Câmara.

Em carta de três páginas enviada ao presidente Michel Temer, Imbassahy disse que foi um grande desafio atuar na função em um período de radicalização pós-impeachment, com uma grande fragmentação partidária, "em meio a enormes dificuldades econômicas e fiscais".

"Agora precisamos novamente do apoio do Congresso para avançar com a reforma da Previdência, garantindo sustentabilidade ao sistema em benefício das próximas gerações", escreveu o ex-ministro, que reassumirá seu mandato de deputado federal.

Na carta, Imbassahy não menciona o racha do PSDB, que neste sábado elegerá o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para a presidência do partido. Até agora, os tucanos estão divididos e a maioria não avaliza as mudanças propostas por Temer para a aposentadoria.

Ao dizer que "novas circunstâncias se impõem no horizonte", o ex-ministro afirma que o PSDB "decidiu apoiar o governo sem contrapartida alguma, além de um compromisso programático".

Na prática, a saída de Imbassahy da equipe dilui o impacto político da convenção do PSDB. "Essa questão do desembarque do governo é página virada", disse o líder da bancada do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP).

O titular das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, permanecerá no posto. A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, deverá deixar o cargo nos próximos dias.

Carta de Temer
Após receber o pedido de demissão de Imbassahy, o presidente Michel Temer agradeceu ao tucano pelo que fez pelo governo e pelo País. "Os momentos difíceis a que você alude na carta foram enfrentados todos por mim, mas com seu apoio permanente. A sua ponderação, o seu equilíbrio e a sua firmeza foram fundamentais para que não só atravessássemos momentos delicados, mas especialmente porque o Brasil não parou. Eu, o Governo e o País devemos muito a você", afirmou o presidente em carta enviada ao ministro. Ao final, Temer afirma que sabe que, no parlamento, Imbassahy continuará a defender os interesses do Brasil. (Vera Rosa)
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