Por Eduardo Gayer
Brasília, 18/05/2022 - Filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) e coordenador da campanha à reeleição, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ampliou os ataques ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e disse não saber o que pode acontecer se a Corte "insistir com essa loucura". Essa foi a forma como o parlamentar se referiu ao sistema eleitoral brasileiro, para o qual cobrou mudanças já para este ano, em linha com o discurso usado pelo pai.
"O que vai acontecer eu não sei se o TSE insistir com essa loucura de querer manter sob sigilo quem faz apuração da eleição", afirmou Flávio em entrevista ao SBT. O TSE já esclareceu que não há uma "sala escura" de apuração dos votos, como disse em solenidade oficial o Presidente da República. "Não há, pois, com o devido respeito, 'sala escura' de apuração. Os votos digitados na urna eletrônica são votos automaticamente computados e podem ser contabilizados em qualquer lugar, inclusive, em todos os pontos do Brasil", esclareceu o tribunal às Forças Armadas em ofício publicado em 9 de maio.
Bolsonaro e aliados têm sido acusados pela oposição de preparar o discurso de suspeição das eleições em caso de derrota nas urnas neste ano para o ex-presidente Lula, pré-candidato do PT que hoje lidera as pesquisas de intenção de voto.
Na avaliação de Flávio, pesquisas são falsas e há desconfiança na população sobre a lisura das urnas eletrônicas, contra as quais não há provas de inconsistências. "É prudente que o TSE tome providências para evitar que haja qualquer desconfiança sobre as urnas eletrônicas. Tanto o Data Povo quanto as nossas pesquisas internas dão vitória a Bolsonaro no primeiro turno disparado, disparado. A rejeição do Lula é altíssima. Nas nossas pesquisas, a rejeição dele nunca foi tão alta no Nordeste", afirmou o senador na entrevista.
"Se [o TSE] não resolver o problema, vai gerar desconfiança no resultado, seja ele qual for. A população está vendo: 'como pode um cara que não pode sair na rua [em referência a Lula] ter 115% das intenções de voto? Não bate, não tem lógica'", acrescentou Flávio, filho mais ouvido pelo presidente quando o assunto é disputa eleitoral.
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