Política
16/10/2019 16:22

'Estive com Moro e cobrei do governo que se manifeste sobre morte de Marielle', diz viúva da vereadora


Por Roberta Jansen

Rio, 16/10/2019 - A viúva da vereadora assassinada Marielle Franco, Mônica Benício, se reuniu nesta terça-feira, 15, com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, para pedir mais empenho na elucidação do crime. Marielle e o motorista Anderson Gomes foram assassinados a tiros na noite de 14 de março de 2018.

Apesar de a Polícia Civil do Rio ter prendido dois suspeitos, o caso ainda não foi esclarecido. Os acusados alegam inocência, e não há pistas seguras sobre qual seria a causa do duplo homicídio, nem sobre os mandantes dos assassinatos. Mônica encontrou-se com Moro e dois delegados da Polícia Federal (PF) no ministério, em Brasília.

Na véspera, 14, o crime completou 580 dias. “Ontem, estive com o ministro Sérgio Moro e cobrei do governo federal que se manifeste, publicamente, sobre o crime político que executou Marielle e Anderson”, escreveu a viúva nesta quarta-feira, 16, no Twitter. “O mundo quer saber: quem mandou matar Marielle?”

Ainda segundo Mônica, Moro afirmou que tem total interesse em ver o caso esclarecido. O sargento da reserva da Polícia Militar (PM) Ronnie Lessa foi preso em 12 de março de 2019, acusado de ser o responsável pelos disparos que mataram a vereadora. A polícia também capturou o ex-PM Élcio de Queiroz, que dirigiria o carro do assassino.

No dia 3, a polícia prendeu mais quatro suspeitos de ligação com o homicida. O grupo é apontado por ter descartado a submetralhadora que teria sido usada por Lessa para matar a vereadora e Gomes. “O grupo teria executado o plano de jogar as armas nas águas da Barra da Tijuca”, comunicou a PM em nota divulgada no dia das prisões. “O armamento foi lançado ao mar dois dias depois das prisões de Ronnie e do ex-PM Élcio de Queiroz.”

Nesta segunda-feira, 14, quando o crime completou um ano e sete meses, a diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, reiterou a preocupação da organização com a demora na resolução do caso. “Esperamos que todos os envolvidos na morte, inclusive seus mandantes, sejam identificados e levados à Justiça”, afirmou em comunicado. “O recado é claro: nenhum defensor dos Direitos Humanos está seguro no Brasil enquanto esse caso permanecer impune.”
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