Política
02/10/2022 19:53

Justiça eleitoral em Goiânia proíbe ‘picanha mito’ a R$ 22 no dia das eleições


Promoção,de açougue goiano oferecia carnes nobres a preço em alusão ao número de urna de Jair Bolsonaro

Por Isabella Alonso Panho, especial para o Estadão/Broadcast

São Paulo, 02/10/2022 - Um açougue goiano, ‘Frigorífico Goiás’, fez uma promoção inusitada nessas eleições: algumas carnes nobres, como picanha e cupim, foram vendidas a R$ 22 o quilo, em alusão ao número de urna do candidato Jair Bolsonaro (PL). Além do tumulto causado pelo grande número de consumidores que procurou o estabelecimento, a promoção se tornou alvo da Justiça. O desembargador do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás, Wilton Müller Salomão, pôs fim ao desconto na tarde deste domingo (2).

A decisão foi dada no âmbito de uma representação eleitoral ajuizada pela Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PC do B e PV, às 23h30 do sábado (1º). Tamanha foi a repercussão do desconto, que imagens aéreas mostram consumidores em torno de todo o quarteirão onde fica a casa de carnes.

A propaganda da ‘Picanha Mito’ mostra uma foto de Bolsonaro segurando embalagens do frigorífico, um vídeo de uma tábua de carne ao lado de uma arma de fogo e uma embalagem de ‘Cupim Mito’.

A primeira dama, Michele Bolsonaro, comentou a publicação, parabenizando o estabelecimento pelo ‘patriotismo’.

Um dos argumentos da Federação autora da medida judicial é de que a continuidade da promoção ‘causará artificialmente estados mentais a favor dos candidatos do Partido Liberal sob o n.º 22, inclusive ao candidato a Governador de Goiás’.

O pedido ainda solicita que o juiz encaminhe cópias do processo para a Polícia Federal, para que se apure o crime previsto no artigo 334 do Código Eleitoral - ‘utilizar organização comercial de vendas, distribuição de mercadorias, prêmios e sorteios para propaganda ou aliciamento de eleitores’.

O relator deferiu uma liminar às 13h22 da tarde deste domingo, 2. Ele determinou que o ‘Frigorífico Goiás’ encerrasse imediatamente a promoção e apagasse as publicações das suas redes sociais, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

Nos autos, está documentada a expedição de mandado para intimação e citação do estabelecimento, mas não há confirmação de que foi cumprido.

Até a publicação desta reportagem, o ‘Frigorífico Goiás’ não havia removido as publicações. Nos seus stories, o estabelecimento apenas repostou notícias da liminar compartilhadas por seus consumidores.

COM A PALAVRA, FRIGORÍFICO GOIÁS

A reportagem entrou em contato com o ‘Frigorífico Goiás’. Contudo, até a publicação desta reportagem, não teve resposta.
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