São Paulo, 25/03/2019 - Tão logo foi divulgada pelo Broadcast/Estadão a informação de que o ex-presidente Michel Temer será solto, o assunto começou a repercutir entre parlamentares usuários do Twitter. As expressões Soltaram o Temer e Antonio Ivan Athié, nome do desembargador que assinou o alvará de soltura, alcançaram a lista dos assuntos mais comentados do Brasil.
"Michel Temer será solto no Brasil da piada. O cara foi vice do PT por dois mandatos, organizou o crime 40 anos e vai ser solto", tuitou Alexandre Frota (PSL-SP). A decisão de Athé também foi criticada pelo senador Jorgue Kajuru (PSB-GO): "Desembargador do TRF2 determina soltura do ex-presidente Michel Temer. Quem rouba galinha fica preso mais de quatro dias!", escreveu.
Deputados se dividiram entre a defesa da decisão e a demanda pela liberdade do também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Erika Kokay (PT-DF) escreveu que "a prisão de Temer era flagrantemente ilegal". "Não podemos bater palmas para o arbítrio. Defendemos o devido processo legal e o Estado de Direito, inclusive para nossos adversários políticos", disse. O deputado Jorge Solla (PT-BA) disse que "a justiça seletiva que mantém preso sem provas o presidente Lula é rápida para resolver a liberdade do preso quando ele é um servil da elite".
Outro petista, o deputado Bohn Gass (RS) provocou: "estou curioso para ver como a Lava Jato vai se movimentar. Vai ter juiz e/ou desembargador deixando as férias para 'trabalhar em nome da Justiça'?", tuitou, em referência ao episódio de julho de 2018 quando o então juiz Sergio Moro, estando de férias, despachou contra uma decisão do desembargador Rogério Favreto que determinava a soltura de Lula. (Gregory Prudenciano - gregory.prudenciano@estadao.com)
