Política
18/09/2018 08:39

Fernando Haddad critica política de preço de combustíveis do governo Temer e Dilma


São Paulo, 18/09/2018 - O presidenciável do PT, Fernando Haddad, criticou na manhã de hoje, em entrevista à CBN e ao G1, a política de preços de combustíveis adotada pelo governo da correligionária Dilma Rousseff (PT) e pelo atual governo de Michel Temer (MDB). "Temer se equivocou ao vincular os preços do combustível à especulação do mercado externo e na gestão Dilma, não deveríamos usar o preço do combustível na política inflacionária", disse Haddad, destacando que a melhor política de preços para a Petrobras é não usar a empresa para manipular os preços. "Mas não se pode desconsiderar o seu monopólio e não se pode usar a política de preços para balizar a inflação."

Ao falar da política de preços da Petrobras e das consequentes altas nos combustíveis - o querosene de aviação, por exemplo, superou os R$ 3,30 e já está cotado no maior valor desde 2002 -, Haddad citou o governo de seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, dizendo que na sua gestão o País teve uma política de preços que levava em conta a rentabilidade da Petrobras e também os seus custos.

Apesar da crítica à gestão Dilma, o candidato do PT disse que o pior dos erros nesse setor foi cometido por Temer. "Ele trouxe enorme prejuízo ao País, ao atrelar o preço doméstico à cotação especulativa dos preços internacionais. Essa política foi implantada em julho de 2017 por Pedro Parente, determinando que os preços de derivados de petróleo comercializados pela empresa poderiam acompanhar diariamente as oscilações internacionais da cotação do óleo cru".

Já na gestão Dilma, houve uma política de represamento e um controle de preços para subsidiar os combustíveis e ajudar a conter os índices inflacionários. A política do governo Dilma conseguiu segurar os preços dos combustíveis, mas também resultou em contas bilionárias para a Petrobras, que obrigou a estatal a arcar com a falta de paridade internacional. "Se tem repique inflacionário, tem outra forma de corrigir do que por administração de preço público", reiterou Haddad na entrevista de hoje. (Elizabeth Lopes - elizabeth.lopes@estadao.com)
Para ver esta notícia sem o delay assine o Broadcast Político e veja todos os conteúdos em tempo real.

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso