Política
16/05/2019 20:29

Fala sobre 'idiotas úteis' turbina nas redes menções referentes às manifestações, afirma FGV


Por Matheus Lara

São Paulo, 16/05/2019 - O protesto nacional contra o contingenciamento de recursos no Ministério da Educação, na quarta, 15, gerou mais de 3,1 milhões de postagens no Twitter, de acordo com a Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O órgão identificou dois picos de menções ao chamado "tsunami da educação". O primeiro deles aconteceu logo após serem veiculadas notícias sobre uma declaração do presidente Jair Bolsonaro.

Em Dallas, ele chamou manifestantes de "idiotas úteis". Logo depois disso, às 13h30, quase 38,6 mil postagens sobre o protesto que se articulava foram feitas no Twitter. O outro pico foi por volta das 20h, enquanto os protestos aconteciam nas ruas em diversas cidades do País. Foram 52,6 mil menções neste momento.

"Não foi o fato de Bolsonaro ter feito aquela fala apenas. Ela contribuiu, foi um ponto a mais na narrativa, mas o debate sobre educação já vinha numa crescente", explica o diretor do DAPP Marco Aurélio Ruediger. "A gente vive numa situação polarizada há muito tempo, o que não é novidade, e é isso que acontece que se mexe em temas específicos da agenda pública. Temas que transcendem outros campos, como é o caso da educação."

A DAPP/FGV identificou que a cidade com maior participação no debate na rede social foi Brasília , de onde partiram cerca 467,78 mil tuítes (15% das publicações), seguida de Rio de Janeiro, com 405,4 mil tuítes (13%); São Paulo ,com 343 mil tuítes (11%); Belo Horizonte , com 124,7 mil tuítes (4%); e Recife , com quase 93,6 mil tuítes (3%).

Entre as hashtags com maior repercussão no debate durante o período analisado (12h de 14 de maio a 16h de 16 de maio), estão #tsunamidaeducação, usada em 799,5 mil postagens; #15m, em 243,5 mil postagens; e #todospelaeducação, em 232,7 mil postagens.

Além das menções à declaração de Bolsonaro sobre "idiotas úteis", também se destacaram no Twitter publicações com fotos de cartazes levados pelos manifestantes às ruas e ainda posts que também citavam as fexibilizações para porte e posse de armas.
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