São Paulo, 18/08/2017 - O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) criticou nesta sexta-feira a decisão de João Doria (PSDB) de demitir a controladora-geral do Município (CGM), Laura Mendes. Em uma rara crítica ao seu sucessor, o petista publicou em seu perfil no Facebook que a medida representa um "retrocesso" e um desmonte do órgão que, em suas contas, teria recuperado mais de R$ 300 milhões para a cidade.
"Esse órgão está sendo desmontado. Num primeiro movimento, retiraram dele o status de secretaria diretamente ligada ao gabinete do prefeito. E, agora, demitem um quadro técnico para nomear um aliado, retirando-lhe a autonomia", escreveu o petista. Desde que deixou a Prefeitura, Haddad tem evitado criticar ou entrar em polêmicas com Doria, apenas respondendo apenas a críticas feitas pela atual gestão.
A mudança de tom acontece no momento em que ambos começam a percorrer o Brasil de olho na corrida presidencial de 2018. No ninho tucano, o prefeito trava disputa pela nomeação com o governador Geraldo Alckmin. Para se cacifar politicamente, tem feito frequentes viagens para tentar elevar sua popularidade a outras regiões do País. Apenas esta semana, foram três capitais visitadas: Natal (RN), Palmas (TO) e Fortaleza (CE).
Já Haddad é cotado como um possível "plano B" do partido caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja condenado em segunda instância e seja impedido de participar do pleito. O petista nega trabalhar para ser alternativa, mas tem incrementado o número de agendas públicas em todo o País e se encontrado com lideranças políticas regionais. (Marcelo Osakabe)
