Brasília, 18/03/2019 - Após dois meses de expansão, em novembro e dezembro do ano passado, a atividade econômica no Brasil iniciou 2019 em queda. O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), divulgado há pouco, recuou 0,41% em janeiro ante dezembro, já considerando os ajustes sazonais. Janeiro foi o primeiro mês do governo de Jair Bolsonaro.
Medido em pontos, o IBC-Br atingiu 138,19 pontos em janeiro, o menor patamar desde outubro do ano passado, quando estava em 138,10 pontos. Na série sem ajustes sazonais, o IBC-Br subiu 0,79% em janeiro ante o mesmo mês do ano passado.
Além dos resultados em si, chamou atenção o fato de a média móvel trimestral do IBC-Br, na série ajustada, ter ficado praticamente estável em janeiro, com alta de 0,02%. Em dezembro, o indicador havia subido 0,13%. Bastante observada pelos economistas do mercado financeiro, a média móvel do IBC-Br costuma ser usada como indicativo de tendências para o índice. O porcentual de hoje refletiu a comparação entre o trimestre encerrado em janeiro de 2019 e o trimestre encerrado em dezembro de 2018.
Na próxima quarta-feira, dia 20, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reúne-se para discutir o novo patamar da Selic (a taxa básica de juros), atualmente em 6,50% ao ano. A atividade econômica é um dos fatores que será levado em conta pelo colegiado em sua decisão.
No mercado financeiro, a expectativa ainda é de uma Selic a 6,50% no fim deste ano. No caso do fim de 2020, no entanto, a projeção para a taxa básica passou de 8,00% para 7,75% no Relatório de Mercado Focus, divulgado hoje. Essas projeções sobre a Selic ainda não levam em conta o resultado de hoje do IBC-Br. (Fabrício de Castro - fabricio.castro@estadao.com)
