Economia & Mercados
01/02/2019 19:29

Apesar de cautela com Congresso, Ibovespa sobe 0,48% e tem novo recorde


São Paulo, 01/02/2019 - O compasso de espera pela eleição dos presidentes da Câmara e do Senado neste primeiro dia do ano legislativo reduziu o volume de negócios no mercado de ações e comprometeu parte da força do Índice Bovespa, que oscilou perto da estabilidade durante todo o período da tarde. Um fôlego extra já no final dos negócios, no entanto, garantiu alta moderada ao índice, que acabou por renovar seu recorde histórico de fechamento. Ao final dos negócios, o indicador marcou inéditos 97.861,27 pontos, com alta de 0,48%. Com isso, terminou a semana com ganho de 0,19%. Os negócios somaram R$ 13,9 bilhões, ante R$ 16,8 bilhões da média diária registrada em janeiro.

O desempenho positivo foi garantido por papéis de peso na carteira do Ibovespa como os do setor financeiro, que viraram para o positivo nos minutos finais de negociação. Vale ON avançou 1,65%, ainda dentro do movimento de ajuste após a expressiva queda de segunda-feira, com investidores em busca de oportunidades de ganho com a aposta de uma recuperação mais consistente das ações no futuro. Na semana, o papel acumulou perda de 17,63%.

As ações da Petrobras também avançaram e ajudaram a amenizar perdas. Influenciados pela alta dos preços do petróleo no mercado internacional, os papéis da petroleira subiram 1,59% (ON) e 0,86% (PN). Entre os bancos, apenas os do Bradesco terminaram o dia em baixa, atribuída à movimentos de realização de lucros após os ganhos de ontem com a divulgação do balanço do quarto trimestre.

"Pela manhã o Ibovespa subiu com os investidores acompanhando indicadores econômicos, como o 'payroll'. À tarde, houve um movimento maior de realização de lucros, somado à apreensão com a eleição no Legislativo, que definirá peças fundamentais para dar celeridade às reformas", disse Vinícius Andrade, analista da Toro Investimentos. Na mínima do dia, justamente no período da tarde, o índice chegou a cair 0,41%.

Para Luiz Roberto Monteiro, operador da mesa institucional da Renascença Corretora, independente das oscilações, a redução do volume de negócios foi o sintoma mais evidente da cautela do investidor no pregão desta sexta-feira. Com a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) considerada a mais provável na Câmara, afirma, as atenções se concentraram especialmente nas movimentações no Senado, tendo Renan Calheiros (MDB-AL) como principal foco. (Paula Dias - paula.dias@estadao.com)
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