Por Denise Luna
Rio, 12/01/2022 - Os empregados da Eletrobras decidiram há pouco em assembleia realizar greve por tempo indeterminado a partir de 17 de janeiro. O protesto se deve a mudanças no plano de saúde da estatal em meio ao processo de desestatização. A partir de fevereiro, o desconto do custo do plano de saúde para os empregados passa dos atuais 10% para 40%.
Esta semana, a Eletrobras decidiu adiar a volta ao trabalho presencial, que aconteceria no último dia 3, devido ao agravamento da crise sanitária com o surgimento da variante Ômicron. Por este motivo, para os empregados em home office a indicação da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel) é de que os computadores e telefones celulares funcionais sejam desligados.
Na área operacional serão realizados turnos para manter a operação em funcionamento. Segundo o presidente da Aeel, Emanuel Torres, entram em greve a holding Eletrobras, Furnas e Cepel.
A greve foi aprovada no dia 7 de janeiro, quando a Aeel informou que tentaria negociar com a empresa a manutenção do desconto de 10%, ainda praticado este mês, mas não teve sucesso.
Segundo a Aeel, a redução da participação da estatal no plano de saúde tem como pano de fundo a capitalização da Eletrobras, a fim de entregar uma empresa mais "enxuta" para os próximos acionistas.
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