Rio, 11/09/2018 - O gasto menor das famílias com alimentação, vestuário e transportes manteve a deflação ao consumidor na primeira prévia de setembro do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) recuou 0,04% no primeiro decêndio de setembro, após ter diminuído 0,07% na primeira prévia de agosto. Apenas três das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou de queda de 1,01% na primeira prévia de agosto para alta de 0,17% na mesma leitura de setembro. Houve impacto do item passagem aérea, que saiu de redução de 20,65% para aumento de 24,22% no período.
O grupo Despesas Diversas acelerou o ritmo de alta de 0,08% em agosto para 0,50% em setembro, sob influência dos cigarros (de 0,01% para 0,96%). A taxa também foi mais elevada em Alimentação, mas ainda houve queda de preços, de -0,50% para -0,20%, com contribuição do item hortaliças e legumes (de -10,30% para -5,54%).
Na direção oposta, os grupos com taxas mais baixas que no mês anterior foram Habitação (de 0,55% para 0,10%), Transportes (de -0,13% para -0,26%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,41% para 0,27%), Vestuário (de -0,58% para -0,67%) e Comunicação (de -0,01% para -0,09%). Houve influência dos itens tarifa de eletricidade residencial (de 2,02% para -0,38%), gasolina (de 0,79% para -1,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,67% para -0,52%), acessórios do vestuário (de -0,85% para -2,08%) e tarifa de telefone móvel (de 0,15% para -0,38%).
(Daniela Amorim - daniela.amorim@estadao.com)
