Economia & Mercados
07/03/2022 16:22

Entrevista: Europeu N26 chega ao Brasil para se tornar 1ª fintech global, diz fundador



Maximilian Tayenthal, cofundador e copresidente do N26
Foto: Krystina Puleo

Por Circe Bonatelli*

Barcelona, 07/03/2022 - Depois de adiar a chegada ao Brasil por quase três anos, o N26, maior banco digital da Europa, está operando em um sistema de testes com 2 mil usuários no País e planeja entrar por aqui de verdade até o fim do ano, sem falta. Quem promete é o cofundador e copresidente, Maximilian Tayenthal, que aponta o Brasil como um passo crucial na estratégia de crescimento do grupo.

“Queremos construir o primeiro banco de varejo global”, afirmou Tayenthal ao Broadcast, em sua primeira entrevista para a imprensa brasileira. O papo aconteceu durante o World Mobile Congress (MWC) - feira de telecomunicações realizada em Barcelona.

Para Tayenthal, o Brasil viveu muitos anos sob um oligopólio, o que ajuda a explicar o porquê uma nova geração de fintechs (que tem no Nubank seu maior expoente) conseguiu se destacar.

Mesmo com a concorrência em alta, ele defendeu que o N26 será capaz de ganhar mercado com serviços a custos baixos, e, principalmente, ao ajudar o cliente a controlar suas despesas - perrengue que muitos brasileiros conhecem bem. “É possível aumentar a penetração do mercado e conquistar clientes oferecendo também educação financeira”, disse.

Por coincidência, o Brasil será o 26º país onde o N26 lançará suas operações. Fundada na Alemanha em 2013, pelos sócios e Maximilian Tayenthal e Valentin Stalf, a instituição está presente em 25 países da Europa e nos Estados Unidos. O banco ensaiou uma estreia no Brasil entre 2019 e 2020, mas a pandemia adiou os planos. À época, a equipe local já tinha 15 pessoas, que foram dispensadas.

Dinheiro agora não falta para retomar a meta. A última injeção de capital, feita em outubro, no valor de US$ 900 milhões foi liderada pelas gestoras de recursos Coatue Management LLC e Third Point Ventures. O aporte avaliou o banco em US$ 9 bilhões.

Uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) também está nos planos. A ideia é ter, até o fim do ano, a estrutura pronta para o IPO. Mas não há data certa, nem pressa para esse passo.

Com mais de 7 milhões de clientes, o banco digital ainda não dá lucro. O balanço mais recente é de 2020, quando teve prejuízo líquido de 151 milhões de euros.

Leia a entrevista completa no terminal Broadcast. Para saber mais, entre em contato com comercial.ae@estadao.com

* O jornalista viajou à World Mobile Congress (MWC), em Barcelona, a convite da Huawei.
P
Para ver esta notícia sem o delay assine o Broadcast+ e veja todos os conteúdos em tempo real.

Copyright © 2024 - Todos os direitos reservados para o Grupo Estado.

As notícias e cotações deste site possuem delay de 15 minutos.
Termos de uso