Tribunal da Colômbia quer promotores para levar adiante caso Odebrecht

A Corte Suprema colombiana solicitou ao governo do presidente Iván Duque que nomeie um trio para designar um promotor especial que se encarregue das investigações sobre os escândalos de corrupção da construtora brasileira Odebrecht.

A petição do máximo tribunal colombiano ocorreu após o procurador-geral Néstor Martínez se declarar impedido, por ter sido antes antes assessor legal de um grupo bancário relacionado à Odebrecht, companhia que está no centro de diversas investigações em vários países da América Latina - incluído na Colômbia - por dar suborno em troca de contratos públicos.

O presidente Iván Duque informará nos próximos dias os nomes dos que se encarregarão da apuração, informou nesta sexta-feira a ministra do Interior, Nancy Patricia Gutiérrez. O tribunal anunciou o pedido ao governo em comunicado à imprensa.

Recentemente a imprensa local divulgou uma gravação na qual se escuta Martínez em um encontro com um auditor interno, Jorge Pizano, que supostamente pediria alguns pagamentos. O áudio tem sido apontado por alguns como mostra do encobrimento de subornos relacionados à Odebrecht.

A gravação com a suposta voz de Pizano data de junho de 2015, quando o escândalo dos subornos começava a envolver a Odebrecht: revelações que levariam a processos contra vários políticos veteranos e executivos em toda a América Latina.

Como parte de um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA em 2016, a Odebrecht admitiu ter pago US$ 788 milhões em subornos para ganhar contratos em 12 países, entre eles US$ 11,1 milhões na Colômbia. Fonte: Associated Press.