Por André Ítalo Rocha
São Paulo, 24/9/2019 - Considerado um termômetro do nível de investimentos no País, o faturamento da indústria nacional de máquinas e equipamentos caiu 2% em agosto ante igual mês do ano passado, para R$ 7,554 bilhões, mostra balançado divulgado há pouco pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
A receita, contudo, se comparada a julho, aponta crescimento de 9,9%. No acumulado do ano até agosto o setor apresenta alta tímida, de 1,1% em relação a igual período do ano passado, para R$ 53,71 bilhões.
Apesar do recuo do faturamento das fabricantes em agosto ante igual mês do ano passado, a demanda por máquinas e equipamentos no Brasil tem crescido. O indicador de consumo aparente, que exclui as exportações da receita e acrescenta as importações, avançou 39,9% nesta comparação, para R$ 13,739 bilhões. Sobre julho, a alta é de 26%. De janeiro a agosto, o consumo aparente soma R$ 81,196 bilhões, aumento de 13,2%.
O resultado do consumo aparente se reflete no saldo comercial do setor. O déficit cresceu 289,6% em agosto ante igual mês do ano passado, para US$ 1,248 bilhão. O avanço é reflexo do aumento de 59,6% nas importações e da queda de 15,7% nas exportações. Em relação a julho, o déficit cresceu 50,6%. No acumulado do ano, o saldo é negativo em US$ 5,424 bilhões, 59,6% maior que em igual intervalo do ano passado.
No emprego, as fabricantes terminaram o mês de agosto com 308,9 mil funcionários, crescimento de 0,1% em relação a julho e de 2,9% na comparação com agosto do ano passado.
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