Economia & Mercados
05/02/2021 10:18

WHG/Tony Volpon: proposta da gestora é ter "perna grande" em ativos estrangeiros


Por Thaís Barcellos e Gregory Prudenciano

São Paulo, 05/02/2020 - Em meio à revolução do mercado financeiro nacional, fruto da redução estrutural da taxa de juros, a diversificação internacional da carteira é a estratégia da Wealth High Governance (WHG), destaca o estrategista-chefe Tony Volpon, ex-diretor do Banco Central, em conversa com o Broadcast. Na WHG, Volpon terá como foco a gestão de investimento de famílias com patrimônio a partir de R$ 20 milhões.

"Uma das propostas dentro da WHG em termos do que fazer diante desse desafio é ter uma perna muito grande lá fora. É dizer para o investidor que ele deve ter uma diversificação grande em um leque de produtos nacionais, que estão crescendo. Mas, em termos de risco fundamental na carteira, deve ter uma diversificação internacional, como todos os investidores sofisticados lá fora têm", conta, ao descrever seu interesse em embarcar no projeto da gestora de fortunas recém-criada por ex-executivos do Credit Suisse em parceria com a XP Investimentos, que tem 49% da empresa.

O ex-BC destaca que o seu perfil e do diretor de investimentos, Andrew Reider, reforçam essa estratégia. Volpon passou parte da carreira no exterior, com passagens pelo Bank of America, Standard Chartered e Nomura. Foi diretor de Assuntos Internacionais do BC e, antes da WHG, era economista-chefe do UBS BB. Reider fez sua carreira na área de Global Equities e passou os últimos quatro anos como gestor de carteiras de ações na BW Gestão de Investimentos, gestora de patrimônio da família Moreira Salles.

Segundo Volpon, a participação no projeto da XP, grande símbolo, segundo ele, da revolução no mercado financeiro nacional, que levou investidores de todos os portes a procurar alternativas à renda fixa, é outro trunfo da WHG, além da grande história de sucesso dos executivos oriundos do Credit.

O estrategista também afirmou que, em geral, está otimista com a Bolsa e o mercado de juros no Brasil e que não vê discrepância muito grande em termos de preço relativo nos mercados locais, com exceção do câmbio, que, para Volpon, está muito descolado dos fundamentos devido à taxa de juros real negativa, além do risco fiscal.

Contato: thais.barcellos@estadao.com e gregory.prudenciano@estadao.com
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