Por Fernanda Nunes
Rio, 02/10/2019 - A arrecadação dos governos com a indústria de petróleo e gás natural vai chegar a R$ 300 bilhões por ano daqui a 10 anos, segundo o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone. Esse número inclui royalties, participação especial, lucro óleo da partilha pago à União e imposto de renda. O esperado é que a produção alcance cerca de 7 milhões de barris por dia (bpd) em 2030, acrescentou.
Em 2018, apenas com royalties e participação especial, a arrecadação foi de R$ 55 bilhões, disse Oddone, que participou há pouco de evento pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.
O aumento da arrecadação é fruto da retomada dos leilões de áreas exploratórias, de campos em fase de produção e de blocos localizados no polígono do pré-sal.
De 2016 a 2018, foram recolhidos US$ 7,5 bilhões apenas em bônus de assinatura, pago em seguida aos leilões. No restante do mundo, a arrecadação foi US$ 1,5 bilhão.
"Vamos ver nos próximos anos a aceleração da atividade. Não percebemos ainda porque o tempo dessa indústria é longo", afirmou Oddone.
Em agosto deste ano, em parte fruto da retomada dos leilões, a produção de petróleo atingiu patamar recorde, de 2,989 milhões de bpd. Já a produção total, incluindo o gás natural, ficou em 3,8 milhões de barris de óleo equivalente (boe).
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