Economia & Mercados
15/07/2022 16:23

Exclusivo: Atividade econômica mais fraca deve segurar carga do SIN até 2024, prevê Ampere


Por Wilian Miron

São Paulo, 14/07/2022 - O consumo de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) deve aumentar em ritmo menor do que o projetado na última edição do Plano da Operação Energética (PEN), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em abril, para os anos de 2023 e 2024, em linha com as perspectivas para a economia no longo prazo, estima Ampere Consultoria.

Para 2023, a carga do SIN deve crescer 3,2%, uma redução de 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação à estimativa anterior, de 3,8%. Já em 2024, espera-se uma elevação de 3%, 0,2 p.p. menor do que o estimado antes. Na prática, isso significa uma redução de aproximadamente 640 megawatts médios (MWm) no ano que vem e 800 MWm em 2024.

De acordo com relatório da Ampere Consultoria, o comportamento da carga em médio e longo prazo está associado principalmente ao ritmo de crescimento da economia, com uma taxa de elasticidade entre 1,2% e 1,5%. Neste levantamento, a Ampere pressupõe que o ritmo de crescimento deve desacelerar de 1,9% para 1% em 2023, e de 2,3% para 2% em 2024.

Nos dois anos seguintes, a perspectiva é que o crescimento econômico se mantenha em 2,5%, da mesma forma que não são previstas mudanças na taxa de crescimento da carga projetada para 2025 e 2026, atualmente estimada em 3,3%.

Para o curto prazo, a consultoria estima uma redução de 180 MWm na carga de energia deste ano, em relação à última previsão. "Associada a questões conjunturais, a variação é marginal e se concentra principalmente nos subsistemas Sul e Nordeste. Estes desvios devem influenciar o ritmo de crescimento apontado no último PEN, reduzindo-o de 1,8% para 1,5% no ano", disse trecho do relatório da Ampere.

Contato: energia@estadao.com
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