Economia & Mercados
28/11/2022 11:58

Especial: BC brasileiro cai de 2ª para 6ª colocação em ranking do BIS sobre sustentabilidade


Por Célia Froufe

Brasília, 28/11/2022 - O Banco Central brasileiro caiu de segundo para sexto lugar no Green Central Banking Scorecard, um levantamento que mede o quão ambientalmente corretos são os BCs, tendo por base as 20 maiores economias do globo (G20). Em relatório divulgado este mês pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), a avaliação foi a de que houve "progresso relativamente lento" na implantação dos compromissos formais da instituição doméstica.

O ranking avalia pontos relacionados aos temas pesquisa e legislação (o BC brasileiro teve 10 pontos num total de 10), política monetária (18 de 50 pontos), política financeira (18 de 50) e liderança pelo exemplo (7 de 20). O País conta, assim, com 53 pontos de um total de 130, recebendo nota C. Apesar de ter caído na tabela geral de 2022, melhorou sua pontuação, já que no levantamento anterior estava com 51.

Na primeira colocação pelo segundo ano consecutivo está o BC francês, com 70 pontos. No segundo lugar agora está o italiano, que ficou em sexta posição no ranking de 2021 - trocou de colocação com o Brasil. A Alemanha subiu para terceiro lugar (estava em sétimo), a União Europeia se manteve em quarto e o Reino Unido permaneceu em quinto lugar. Empatado com o Brasil na sexta colocação está a China, que também recuou este ano - o país estava em terceiro na edição passada.

A primazia dos bancos centrais europeus não é uma surpresa para quem atua no setor, já que o continente é visto como um dos que mais têm atuado em questões relacionadas ao clima. O BC brasileiro, porém, tem aproveitado essa liderança de outros países para aprender com seus erros e acertos antes de aplicar medidas mais duras aqui, já que a avaliação é a de que se torna mais custoso recuar ou mudar regras depois de serem implantadas.

Especificamente este ano, o BC doméstico teve dificuldades particulares por causa da greve de seus servidores, que atrasou uma série de divulgações e trabalhos internos. O segundo relatório de sustentabilidade, por exemplo, será publicado com atraso, apenas no mês que vem, por causa da paralisação.

Na outra ponta, um dos avanços de 2022 foi a inserção do Brasil no comitê executivo da Rede de Bancos Centrais e Supervisores para tornar mais Verde o Sistema Financeiro (NGFS, na sigla em inglês). O País já fazia parte do grupo, mas agora é um dos membros com poder de decisão.

Contato: celia.froufe@estadao.com
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