Alguns dirigentes do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) não veem vantagens em cortar juros este mês, com a avaliação de que é preciso guardar munição para condições econômicas mais graves, segundo fontes que têm familiaridade com o raciocínio do BC japonês.
O presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, recentemente citou a possibilidade de adotar relaxamento monetário adicional diante das incertezas econômicas globais. No mês passado, a instituição prometeu fazer uma avaliação mais completa da economia antes de sua reunião dos próximos dias 30 e 31 de outubro.
No entanto, preocupações com riscos globais perderam força nas últimas semanas. Nesta quarta-feira, o índice acionário japonês Nikkei se valorizou pela sétima vez nos últimos oito pregões, avançando 0,34%, a 22.625,38 pontos, o maior patamar do ano. Já a moeda japonesa se estabilizou em cerca de 108 ienes por dólar, um nível relativamente confortável para as exportações do Japão.
Além disso, diminuíram um pouco as incertezas em relação ao Brexit, enquanto Estados Unidos e China vêm discutindo a possibilidade de firmar um acordo comercial parcial.
Embora a situação possa se deteriorar rapidamente, autoridades do BoJ acreditam que têm espaço para manter os atuais termos de sua política monetária, disseram as fontes.
"O banco não vai querer desperdiçar sua munição", disse uma delas. "Havia sinais em setembro de que a economia global poderia ruir. Agora, ela está numa fase bastante delicada."
As fontes dizem que essas avaliações devem levar o BoJ a reafirmar sua política atual se concluir que a economia japonesa está em recuperação e veja ímpeto da inflação em convergir para sua meta oficial de 2%. Fonte: Dow Jones Newswires.
