Economia & Mercados
09/05/2019 18:53

Suzano tem prejuízo líquido pró-forma de R$ 1,229 bi no 1º trimestre


Em um cenário ainda desafiador e de demanda tradicionalmente mais fraca, a Suzano reportou prejuízo líquido pró-forma (incluindo as operações da Fibria) de R$ 1,229 bilhão no primeiro trimestre de 2019. Com o resultado, a empresa reverte lucro de R$ 1,4 bilhão registrado um ano antes e de R$ 2,987 bilhões do quarto trimestre de 2018. No informe de resultados, a Suzano explica que em razão da combinação de ativos com a Fibria (concluída em 1º de abril), foi realizada uma análise de avaliação do valor justo de mercado dos ativos adquiridos e passivos assumidos, e as alocações correspondentes foram contabilizadas no balanço patrimonial, movimento conhecido como Purchase Price Allocation (PPA).

Aliado a isso, em razão da adoção da norma IFRS 16 a partir de 1º de janeiro, a companhia reconheceu R$ 4,016 bilhões em passivos de arrendamento em relação aos contratos que atendem à definição de arrendamento. "Tais passivos foram reconhecidos na rubrica 'Contas a pagar de operações de arrendamento' (curto e longo prazo), não sendo caracterizados como dívida. A maior parte do impacto refere-se a arrendamento de terras (R$ 2,072 bilhões), seguido do arrendamento de navios e embarcações (R$ 1,656 bilhão)", diz a empresa. No informe de resultados, a Suzano ressalta ainda que os dados comparativos (do quarto trimestre e do primeiro trimestre de 2018) representam a soma simples ou média ponderada de Suzano + Fibria.

De janeiro a março, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Suzano, termômetro do mercado para mensurar a capacidade operacional das empresas, atingiu R$ 2,761 bilhões. A performance representa retração de 18% ante igual intervalo de 2018 e queda de 22% ante o trimestre imediatamente anterior. A margem Ebitda ajustada passou de 52% em dezembro para 50% ao final de março. Em março de 2018, a margem estava em 53%.

A receita líquida da Suzano totalizou R$ 5,699 bilhões no primeiro trimestre de 2019, queda de 15% em relação ao mesmo período de 2018 e queda de 21% frente ao quarto trimestre. A retração mais expressiva no comparativo com o final do ano é atribuída principalmente ao menor volume de vendas de celulose (-17%), pela queda do preço médio líquido de celulose em dólar (-4%) e valorização de 1% do real frente ao dólar.

Reflexo direto das variações cambiais e monetárias, o resultado financeiro da companhia no período foi negativo em R$ 1,936 bilhão, indicando uma piora expressiva ante uma despesa líquida de R$ 427 milhões reportada um ano antes. No quarto trimestre, essa linha do balanço foi positiva em R$ 1,679 bilhão.
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