Economia & Mercados
14/12/2017 16:51

Meirelles: não vamos reabrir negociações para reforma da Previdência


Brasília, 12/2017 - Após 20 minutos de reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu que existe um custo de adiamento da votação da Reforma da Previdência, mas que ainda há expectativa de aprovação no próximo ano. "A mensagem extremamente negativa seria a não aprovação [da reforma]. A não votação, de fato, positiva não é, como já temos dito há meses. Não é novidade", declarou.

Mais cedo, Maia anunciou que o tema ficará para o início de 2018. "O custo do adiamento existe, gera uma certa insegurança, mas existe ainda uma expectativa de aprovação. Portanto é uma mensuração um pouco mais difícil, mas nossa expectativa continua positiva de aprovação", emendou.

Meirelles confirmou que o novo cronograma de votação da reforma será fevereiro e que o adiamento é em função da mobilização de votos e de estar na última semana legislativa antes do recesso de fim de ano. Para o ministro, deixar o tema para o início de 2018 dá mais tempo ao governo para esclarecer a sociedade. O ministro destacou que esse tempo será importante para esclarecer alguns pontos fundamentais que estão sendo mal entendidos.

Para Meirelles, se tivesse votado a reforma com derrota, haveria crescimento menor da economia. "Certamente haveria uma taxa de crescimento menor no ano que vem, não há dúvidas", concordou. O ministro enfatizou que o importante é votar e aprovar a PEC para consolidar o crescimento e a geração de emprego.

Sobre as propostas de mudanças da aposentadoria dos servidores, Meirelles disse que são apenas ideias que estão sendo veiculadas, mas que a proposta que está na mesa é o substitutivo da PEC e, com o adiamento da votação, haverá mais tempo para discuti-las.

O ministro disse que o governo está discutindo pequenos ajustes na proposta da reforma previdenciária e qualquer proposta com impacto substancial não será aceita. Entrando em votação, afirmou o ministro, a reforma tem que ser aprovada. "O importante é que não pode ser derrotado", ressaltou.

Ainda sobre mudanças no texto da reforma, Meirelles disse que não há nenhuma decisão e que o governo ainda está fazendo contas. "Nossa ideia é de fato não reabrir negociações [para reforma da Previdência]. Esse é o acordo geral. Mas de novo: temos de respeitar a soberania do Congresso Nacional", avisou. O ministro da Fazenda disse que a economia com a reforma é de R$ 600 bilhões e a ideia é não ficar longe desse número. (Eduardo Rodrigues e Daiene Cardoso)
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