Economia & Mercados
09/08/2018 16:41

Aviação executiva espera melhora no volume de negócios na feira latino-americana Labace


São Paulo, 09/08/2018 - A aviação executiva estima uma ligeira melhora no volume de negócios gerados com vendas de aeronaves na edição de 2018 da Labace, maior evento do setor na América Latina, que acontecerá entre 14 e 16 de agosto no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. “No ano passado, foram em torno de US$ 280 milhões. Esperamos ligeira melhora. Vamos ver, a partir o debate presidencial de hoje começamos a ter um cheiro do que vem por aí”, disse Flavio Pires, diretor-geral da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), que organiza a feira.

O dirigente lembra que o comportamento do câmbio é decisivo na tomada de decisão na hora de comprar um avião executivo. Como tem sido difícil prever a trajetória dessa variável no contexto atual, ele prefere não cravar um volume potencial dos negócios na feira.
Apesar disso, Pires destaca que as perspectivas são positivas e vêm como um alento após os anos de recessão, que abateu sobremaneira o setor de aviação executiva.

Após ter atingido o fundo do poço em 2016, a aviação geral - que engloba todas as operações que não sejam regulares (de linhas aéreas) e militares - tem visto melhora de suas operações desde 2017, acompanhando a tendência da economia como um todo. Apesar disso, o setor teme que a forte desvalorização do real e os dados econômicos cambaleantes dos últimos meses possam ameaçar essa trajetória.

“Terminamos o ano de 2017 com certa euforia na economia e o primeiro trimestre foi bom. Mas enfrentamos uma greve que afetou diversos setores, a previsão de PIB foi revisada e o nosso negócio já sofreu revisões, fruto dos problemas que a economia atravessa”, diz Leonardo Fiuza, presidente do conselho de administração da Abag e presidente da TAM Aviação Executiva, empresa que representa no Brasil fabricantes como Cessna e Bell Helicopter.

Conforme Flávio Pires, a Labace buscou se renovar na edição deste ano, tentando deixar para trás os momentos ruins da crise. Ele destaca que, do total de expositores da feira, 20% são empresas novas. “Essa é uma renovação importante, essa taxa ficava em 5%, 6%”, observa.

Os organizadores também resolveram assumir uma postura comercial mais proativa para garantir maior volume de negócios no futuro, atraindo 51 “prospects” - empresas estrangeiras que estarão na feira, avaliando a possibilidade de expor nas próximas edições. “Os russos e chineses estão chegando”, brincou. (Letícia Fucuchima - leticia.fucuchima@estadao.com)
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