Por Adriana Victorino, especial para o Broadcast
São Paulo, 15/05/2024 - Empresários paulistanos estão menos confiantes sobre as condições econômicas da região, segundo a Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) caiu de 111 para 108,9 pontos no mês de abril.
A queda de 1,9% foi influenciada pela pressão inflacionária sobre alguns grupos, além da revisão da meta fiscal e os possíveis reflexos sobre o ritmo de queda do nível de juros. O porcentual de famílias em situação de inadimplência também contribuiu para a preocupação por parte dos empresários.
O indicador varia até 200 pontos, sendo que é considerado o sentimento de otimismo apenas o que ficar acima de 100. O maior pessimismo do empresariado é refletido pelo Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), que compõe o ICEC, e atingiu a marca de 86,5 pontos. O subindicador apresentou uma queda de 5% comparado ao mês anterior e 4,1% em relação ao mesmo período de 2023.
A Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), que mede as projeções do grupo para os negócios, chegou a 140,6 pontos em abril, uma queda de 1,2% em relação a março, quando a pontuação era 142,4. Quando comparado ao mesmo mês do ano anterior, o IEEC apresentou um avanço de 0,8%. O item é o mais bem avaliado do ICEC.
O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), subindicador que avalia o interesse dos empresários em expandir o negócio através de contratações e investimentos nas empresas, apresentou estabilidade em 99,5.
Em contrapartida, o sentimento dos empresários com relação ao nível de estoque (IE) atingiu a maior alta em quase dois anos, chegando a 120 pontos em abril. A alta de 4,6% frente ao mês anterior levou o indicador ao maior patamar registrado desde maio de 2022. O resultado foi impulsionado pelo aumento do total de empresários que consideram seus estoques adequados, de 57% para 59,7%, e pela queda dos que acreditam ter estoques em excesso, que foi de 26,7% para 24,4% no mês de abril.
Contato: adriana.victorino@estadao.com