Economia & Mercados
14/08/2017 12:56

Azul: 2º tri é normalmente fraco no Brasil, mas houve bom lucro operacional


O presidente do Conselho de Administração da Azul, David Neeleman, abriu a teleconferência com analistas e investidores destacando o lucro operacional da companhia durante o segundo trimestre de 2017, apesar de normalmente ser um período mais fraco. "O segundo trimestre é normalmente mais fraco no Brasil, mas tivemos um bom lucro operacional com modelo resiliente. No terceiro e quarto trimestres, também esperamos", disse.

Em termos operacionais, a Azul obteve um resultado (Ebit) de R$ 104,9 milhões, um valor 80 vezes acima do registrado no mesmo período do ano passado, de R$ 1,3 milhão. A margem Ebit subiu de 0,1% para 6,1%.

"Continuamos no caminho certo para criar valor ao acionista. O Brasil ainda não se recuperou e vivemos momentos difíceis, então podemos imaginar como será quando se recuperar", disse Neeleman na primeira teleconferência sobre os resultados da Azul, que realizou a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em abril deste ano.

Pela manhã, a empresa anunciou que registrou prejuízo de R$ 33,9 milhões no segundo trimestre de 2017, um recuo de 71,7% ante as perdas de R$ 120,1 milhões do mesmo trimestre do ano passado. No acumulado do primeiro semestre deste ano, a Azul somou lucro de R$ 21,3 milhões, ante um prejuízo de R$ 187,1 milhões no ano passado.

Alavancagem
O índice de alavancagem da Azul, medido pela relação dívida líquida ajustada e Ebitdar (lucro operacional antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos com leasing de aeronaves), deve atingir 4 vezes até o final do ano, disse o presidente da companhia, John Rodgerson, em teleconferência com analistas e investidores.

Rodgerson lembrou que a empresa está com caixa fortalecido, em função da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), realizada em abril. "O caixa está fortalecido e podemos reduzir custo de empréstimo com o pagamento de dívidas mais caras", disse.

A Azul finalizou o segundo trimestre de 2017 com alavancagem de 4,5 vezes, ante 5,1 vezes no trimestre exatamente anterior e 8,8 vezes no segundo trimestre de 2016.

A dívida líquida chegou, em junho de 2017, a R$ 1,394 bilhão, uma queda de 57,4% ante junho de 2016. Já a dívida líquida ajustada, que reflete a capitalização de arrendamentos operacionais, correspondentes a 7 vezes o aluguel dos últimos 12 meses, somou R$ 9,335 bilhões, um valor 22,6% menor do que no ano passado.

O prazo médio da dívida da Azul está em 2,3 anos, e custo médio de 10% para a dívida local e de 4,2% para em dólares. Em relação ao primeiro trimestre de 2017, o endividamento diminuiu R$ 74,0 milhões devido à amortização de R$ 200,3 milhões da dívida, parcialmente compensado pelos ajustes cambiais relacionado à dívida em dólares, relacionado com a depreciação de 4,4% do real de 31 de março de 2017 para 30 de junho de 2017.
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