São Paulo, 13/11/2018 - O diretor do Centro de Expertise em Agricultura Tropical (Ceat) da Bayer, Dirceu Ferreira Júnior, defendeu a nova Lei dos Agrotóxicos que está em tramitação no Congresso Nacional e afirmou que o objetivo "não é flexibilizar a lei, mas sim reduzir a burocracia dos órgãos reguladores". O executivo falou durante o Summit Agronegócio Brasil, realizado nesta terça-feira pelo Estadão.
O representante da Bayer destaca que a indústria gasta de US$ 150 milhões a US$ 200 milhões para colocar uma molécula nova no mercado, que pode levar um prazo de até dez anos. Passada esta etapa, os reguladores demoram de cinco a seis anos para aprovar e liberar o registro para comercialização. "Nos Estados Unidos e Canadá, por exemplo, a demora é de dois anos para a aprovação", ressaltou.
A morosidade no processo faz com que as tecnologias criadas pela indústria se tornem até obsoletas quando a liberação federal é feita, dado o espaço de tempo entre a criação da molécula e sua comercialização. (Nayara Figueiredo, nayara.figueiredo@estadao.com - Clarice Couto, clarice.couto@estadao.com)