Por Luis Filipe Santos, especial para a Agência Estado
São Paulo, 28/05/2021 - O reconhecimento do Paraná e do Rio Grande do Sul pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) entre as novas áreas classificadas como livres de aftosa sem vacinação deverá abrir novas oportunidades para os exportadores de carne suína do Brasil. Exportadores paranaenses e gaúchos do setor podem aumentar suas vendas acima de 10% ainda este ano, podendo alcançar até 35% em 2022, quando comparadas aos volumes embarcados em 2020, avaliou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em nota.
Para efeito comparativo, no caso do Rio Grande do Sul, há potencial para alcançar até 293 mil toneladas neste ano, gerando receita de aproximadamente US$ 715 milhões - US$ 86 milhões a mais que em 2020. Em 2022, as vendas gaúchas poderão alcançar 350 mil toneladas, com uma receita cambial estimada de US$ 850 milhões. Como referência, em 2020 os embarques totais do estado alcançaram 261 mil toneladas com uma receita de US$ 629 milhões.
No caso do Paraná, existe potencial para que o Estado exporte aproximadamente 145 mil toneladas em 2021, um acréscimo de mais de 5% em relação ao ano de 2020, com receitas estimadas da ordem de US$ 332 milhões. Para 2022, estimativas indicam que poderão ser exportadas 165 mil toneladas com uma receita cambial de US$ 377 milhões. Juntos, Paraná e Rio Grande do Sul poderão ter receita cambial superior a US$ 1,2 bilhão em 2022, muito acima dos US$ 820 milhões auferidos em 2020. Com o novo status, mercados de países como EUA, Japão e Coreia do Sul se abrem para os produtores destes Estados.
