Agronegócios
19/02/2020 07:07

Fertilizantes: Nutrien reverte lucro e tem prejuízo de US$ 48 milhões no 4tri19


Nova York, 19/02/2020 - A companhia canadense de fertilizantes Nutrien registrou prejuízo com operações continuadas de US$ 48 milhões, ou US$ 0,08 por ação, no quarto trimestre de 2019, anunciou a empresa na noite de ontem. Em igual período do ano passado, a empresa registrou lucro de US$ 296 milhões, ou US$ 0,48 por ação. Segundo a Nutrien, o prejuízo foi motivado por uma desaceleração global temporária na demanda por fertilizantes. Isso acabou ofuscando o forte desempenho da companhia no segmento de varejo.

A receita diminuiu 9%, para US$ 3,442 bilhões. Em termos ajustados, o lucro ficou em US$ 0,09 por ação. Analistas consultados pela FactSet esperavam lucro ajustado de US$ 0,24 por ação.

No segmento de varejo, as vendas aumentaram 8% no quarto trimestre na comparação anual, para US$ 2,171 bilhões.

A receita com potássio diminuiu 45%, para US$ 350 milhões. Na América do Norte, o volume de vendas de potássio caiu 18%, prejudicado pelo clima excessivamente úmido nos Estados Unidos tanto na primavera quanto no outono. Em outras regiões, a queda do volume foi de 56%, refletindo a decisão de clientes em importantes mercados de adiar as compras e/ou recorrer aos estoques existentes.

Em nitrogenados, as vendas diminuíram 23%, para US$ 500 milhões. A receita com fosfatados caiu 28%, para US$ 260 milhões.

Para todo o ano de 2020, a Nutrien espera lucro líquido ajustado entre US$ 1,90 e US$ 2,60 por ação. A companhia acredita que as exportações norte-americanas de produtos agrícolas para a China devem melhorar significativamente tanto no curto quanto no médio prazo, com o andamento da fase 1 do acordo comercial entre Washington e Pequim.

A demanda por insumos nos EUA em 2020 deve ser impulsionada por um aumento esperado de 6% na área plantada no país, disse a Nutrien. Além disso, a empresa prevê uma melhora da demanda por potássio no Sudeste Asiático por causa da alta dos preços de óleo de palma desde meados de 2019.

A Nutrien observou, no entanto, que continua monitorando os possíveis efeitos do coronavírus, da estiagem na Austrália e do surto de peste suína africana na China.
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