Por Sandy Oliveira
São Paulo, 29/06/2022 - A startup iRancho investiu R$ 2,5 milhões ao longo de dois anos no desenvolvimento de um módulo de confinamento de bovinos de corte que permite uma gestão completa da fazenda de recria, engorda e até para o ciclo completo - quando o pecuarista cria os animais desde que nascem, os engorda e encaminha para o abate. A empresa afirma com exclusividade ao Broadcast Agro que prevê alcançar 5 milhões de cabeças rastreadas com a ferramenta até 2025. A companhia administra, atualmente, valor equivalente a R$ 5 bilhões em animais.
Segundo o cofundador e presidente da iRancho, Thiago Parente, o módulo permite definir como será o ganho de peso dos animais engordados em confinamento, além de fazer a distribuição dos tratos de acordo com a realidade da fazenda e configurar a leitura de cocho conforme as notas que são trabalhadas na propriedade. "O produtor consegue cadastrar as baias de confinamento da fazenda e alocar os animais nas baias cadastradas, via movimentação dentro do próprio sistema ou via manejo", diz.
Dados como dias de cocho, data e peso previsto de abate, calculados a partir do ganho médio diário de peso (GMD) informado, também ficam disponíveis. Em testes internos, em média, o porcentual de peso vivo variou entre 2% e 3%, já o ganho de peso oscilou entre 1,2 e 1,8 quilo por dia, a depender da ração fornecida.
Segundo a companhia, nas baias é possível informar o ganho de peso previsto e o peso previsto de abate. Com o peso individual de cada animal, a partir do porcentual de rendimento de carcaça e o valor da arroba, o sistema consegue calcular e definir o valor de compra para a entrada do confinamento, o que contribui com o controle financeiro da propriedade.
A adesão ao módulo de confinamento se dá via mensalidade ou anuidade, o que pode variar de acordo com o tamanho do rebanho do produtor. A empresa, no entanto, não informou valores.
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