Por Julliana Martins
São Paulo, 02/04/2020 - A INTL FCStone reduziu a sua projeção de produção de milho safrinha no Brasil em 2020 para 73,9 milhões de toneladas. No mês passado, a expectativa era de 74,28 milhões de toneladas. A consultoria diminuiu a previsão de área plantada, de 13,30 milhões para 13,23 milhões de hectares, enquanto a perspectiva de produtividade média foi mantida em 5,48 toneladas por hectare.
Conforme a FCStone, a perspectiva de menor área plantada de safrinha provocou uma queda na estimativa de produção. A consultoria destacou a redução na área do Estado de Minas Gerais, que deve plantar 370 mil hectares e colher 2,27 milhões de toneladas. "Essa área menor em Minas Gerais se refletiu no pequeno corte, de 0,5%, para o total nacional, que ficou em 13,24 milhões de hectares", afirmou em nota. A INTL FCStone ponderou, ainda, que acompanha de perto o clima no Centro-Oeste, principal região produtora do milho safrinha.
"As chuvas das últimas semanas foram bem-vindas na região, mas as precipitações precisam ir
de encontro às previsões em abril, para garantir as expectativas atuais de um rendimento
médio para o Brasil em 5,58 toneladas por hectare", analisa a consultoria, em nota.
Quanto à primeira safra do cereal, a consultoria aumentou a sua previsão de produção para 26,02 milhões de toneladas, ante 25,67 milhões de toneladas projetados em março. A previsão de área plantada sofreu leve ajuste "motivados pelas perspectivas de melhores produtividades na região do Matopiba, com destaque para os estados de Maranhão e Piauí", passando de 4,199 milhões para 4,203 milhões de hectares, enquanto a expectativa de rendimento foi de 6,11 para 6,19 toneladas por hectare.
A FCStone manteve a sua projeção de produção total de milho do Brasil estável em 101,1 milhões de toneladas. A previsão leva em conta ainda o número de produção para a terceira safra da Conab, de pouco mais de 1 milhão de toneladas.
O consumo doméstico continua estimado em 70 milhões de toneladas, enquanto os estoques finais da safra 2019/20 de milho continuam previstos ao redor de 9 milhões de
toneladas. "As perspectivas de um menor volume disponível no mercado doméstico
permanecem, após o forte consumo (interno e para exportações) em 2019", afirma a consultoria.
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