Por: Isadora Duarte, com agências internacionais
São Paulo, 17/09/2019 - O Ministério da Agricultura, Alimentação e Assuntos Rurais da Coreia do Sul confirmou, nesta terça-feira (17), a ocorrência do primeiro surto da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) no país. As autoridades sul-coreanas confirmaram que o vírus foi identificado em três fazendas do mesmo proprietário, na cidade de Paju, levando ao abate sanitário de 4 mil animais. Segundo dados do Ministério, o país tem um plantel de aproximadamente 11,3 milhões de suínos.
A região atingida é fronteira com a Coreia do Norte, que detectou a presença do vírus em maio. No entanto, o governo sul-coreano disse que ainda não é possível confirmar a rota de origem da doença. "Estamos tentando identificar a causa o mais rápido possível porque isso será crucial para impedir a propagação da doença", disse o ministro da Agricultura do país, Kim Hyeon-soo, em uma coletiva de imprensa concedida nesta manhã.
A doença foi confirmada por testes de laboratório. A pasta informou que está investigando também um segundo caso suspeito de uma propriedade na cidade de Yeoncheon, vizinha de Paju. O resultado desses testes deve ser divulgado amanhã. Autoridades locais afirmaram que as medidas para desinfetar fazendas e veículos de transporte de animais foram acentuados.
O governo do país exigiu também uma paralisação de 48 horas em todas as instalações de produção de suínos, abatedouros e fábricas de ração a fim de impedir a propagação da doença. "Vamos investir o máximo esforço para impedir que a doença se espalhe. Acreditamos que a primeira semana (após o surto) seria a mais perigosa. Por isso, concluiremos rapidamente as inspeções de monitoramento nas 6.300 fazendas do país, verificando cada suíno para ver se está com febre ou não e testando até o menor dos sintomas", relatou Kim.
Alguns especialistas em saúde animal consideram que o atual surto da PSA é a maior epidemia animal conhecida da história. No continente asiático, a doença já foi detectada nos plantéis de China, Vietnã, Mongólia, Camboja, Laos, Mianmar, Coreia do Norte e Filipinas. Com 50 milhões de consumidores, a Coreia do Sul importa cerca de 1,5 bilhão de dólares por ano em carne suína.
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