Agronegócios
25/06/2021 08:30

Cepea: competitividade da carne de frango frente à bovina aumenta mas ante a suína diminui


São Paulo, 25/06/2021 - As carnes de frango, bovina e suína negociadas no mercado atacadista da Grande São Paulo estão com preços mais altos neste mês, mas as duas primeiras estão subindo mais, diz o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Com isso, a competitividade da carne de frango frente à bovina aumentou, mas em relação à suína, diminuiu. Na parcial de junho, até quarta-feira (23), o frango inteiro resfriado é comercializado no atacado da Grande São Paulo a R$ 6,92/kg, em média, alta de 3,8% sobre a de maio e de 56,4% à de junho de 2020, em termos nominais. "No geral, as vendas domésticas e externas da carne de frango estão aquecidas, movimento que tem reduzido os estoques no setor e elevado os preços", disse o centro de estudos.

"Quanto à carne de boi, mesmo com o consumo interno enfraquecido - e sem sinais de reação, devido ao baixo poder de compra da maior parte da população brasileira e aos altos patamares de comercialização da proteína -, os valores da carcaça casada acabam sendo sustentados pela baixa oferta de animais para abate", destacou o Cepea. Na parcial do mês, a proteína é negociada na média de R$ 20,47 o quilo, avanço de 2,8% frente à de maio e de 45,5% na comparação com junho/20, também em termos nominais. "Com isso, o frango inteiro é comercializado neste mês a 13,55 reais por quilo abaixo da carne bovina, ampliando a diferença em 2,3% frente à observada em maio e em 40,5% em relação à registrada em junho/20."

Ainda conforme o Cepea, para a carne suína a elevação na média de preços neste mês é um pouco mais tímida que as elevações observadas para as outras duas proteínas concorrentes porque as cotações diárias voltaram a ceder com o avanço da segunda quinzena do mês, quando as vendas domésticas de carne suína se enfraqueceram. Em junho, a carcaça especial suína é cotada a R$ 10,19/kg, alta de 1,9% ante maio e de 42,3% no ano.

"A carcaça suína é comercializada a 3,27 reais/kg acima do frango inteiro, diminuindo a diferença em 2% frente à de maio e reduzindo, portanto, a competitividade da carne de frango nesse período. Já na comparação anual, a diferença entre as proteínas aumentou 19,4%, o que demonstra o ganho de competitividade da carne de frango num prazo mais longo."
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