Agronegócios
29/07/2021 10:41

Máquinas agrícolas: AGCO tem lucro líquido de US$ 282,8 milhões no 2TRI21, alta de 305%


Por Julliana Martins

São Paulo, 29/07/2021 - A AGCO, fabricante norte-americana de máquinas agrícolas de marcas como Valtra e Massey Ferguson, obteve lucro líquido de US$ 282,8 milhões, ou US$ 3,73 por ação, no segundo trimestre deste ano. O resultado representa aumento de cerca de 305% ante igual período do ano passado, quando a companhia lucrou US$ 69,7 milhões, ou US$ 0,93 por ação. Em termos ajustados, o lucro passou de US$ 1,11 para US$ 2,88 por ação. As vendas líquidas da companhia somaram US$ 2,9 bilhões no período, alta de 43,5% ante o reportado em igual intervalo de 2020. No acumulado do primeiro semestre, as vendas somaram US$ 5,3 bilhões, 33,6% a mais do que em igual período do ano passado.

A empresa dá continuidade aos resultados positivos no trimestre, com base em uma recuperação na demanda e, consequentemente, nas vendas em todas as regiões em que atua. Além disso, a retomada econômica global após os efeitos da pandemia da covid-19 permitiram que a companhia mitigasse os riscos da cadeia de suprimentos, agravados pela escalada da inflação de custos de materiais. "Em particular, o forte crescimento em tratores de alta potência Fendt, os produtos de plantio de precisão e nosso negócio global de peças contribuíram para a expansão da margem", disse a AGCO.

Na América do Norte, as vendas aumentaram 32,2% no segundo trimestre na comparação com um ano antes, para US$ 734,7 milhões. O desempenho foi motivado por uma recuperação nas vendas de tratores de baixa potência no varejo, bem como um impulso considerável na demanda por tratores de alta potência, disse a AGCO. "Vendas e produção mais altas, um mix de produtos mais rico e o benefício de preços favoráveis contribuíram para a melhoria e ajudaram a compensar os custos de material mais altos."

As vendas na América do Sul cresceram 55,9% na mesma comparação, para US$ 278,3 milhões. "A demanda da indústria também melhorou no Brasil e nos menores mercados de exportação da América do Sul em comparação com a demanda afetada pela pandemia em 2020", afirmou a empresa. E acrescentou que melhores preços de commodities e as taxas de câmbio mais favoráveis garantiram maior lucratividade agrícola no continente.

Na Europa/Oriente Médio, as vendas somaram US$ 1,635 bilhão, aumento de 45,4% ante o segundo trimestre do ano passado. A empresa lembra que no ano passado houve paralisações prolongadas das fábricas por causa da pandemia do novo coronavírus, mas que estes mercados já se recuperaram neste ano. Na região Ásia/Pacífico/África, houve aumento de 56,7%, para US$ 231,1 milhões. O resultado foi impulsionado por maiores vendas na China, na Austrália e na África, afirmou a AGCO.

A companhia apresentou uma visão de longo prazo ainda otimista, "com a expansão da demanda por grãos e novas tecnologias proporcionando oportunidades significativas para os agricultores". O presidente executivo da AGCO, Eric Hansotia, afirmou, em nota, que apesar do tempo seco em partes da América do Norte e América do Sul, a produção agrícola deve ser suficiente para atender ao aumento da demanda e manter os estoques de grãos em níveis relativamente baixos. "Os preços elevados das commodities agrícolas estão apoiando uma economia agrícola saudável. Espera-se que essas condições gerem crescimento na demanda da indústria em todos os principais mercados em 2021", acrescentou.

contato: julliana.martins@estadao.com
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