Por Isadora Duarte
São Paulo, 02/10/2022 - A indústria brasileira do trigo irá apresentar a política nacional do trigo ao futuro governo, seja o atual reeleito ou um novo, segundo a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo). "Se houver reeleição do presidente Jair Bolsonaro, reapresentaremos as propostas ao ministro da Agricultura da nova gestão, seja o atual ou novo. Se entrar novo presidente, procuraremos o ministério e representantes do governo para levar a política do setor", disse o presidente executivo da Abitrigo, o diplomata Rubens Barbosa, ao Broadcast Político.
A política nacional do trigo foi construída pela indústria em 2018 e levada ao Executivo desde 2019, junto à ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina. De acordo com Barbosa, a versão que será apresentada ao futuro governo é uma edição atualizada, já que houve avanços na execução da estratégia nos últimos anos, como o desenvolvimento do projeto de expansão do trigo no Cerrado. A Abitrigo contabiliza duas reivindicações atendidas pelo governo, 12 atendidas parcialmente e 22 propostas não atendidas. Seis ministérios estão envolvidos no projeto, sendo 21 propostas de responsabilidade do Ministério da Agricultura.
Em suma, a política prevê a redução da dependência externa do Brasil do cereal importado por meio da expansão da produção nacional no médio e longo prazo. "Trata-se de uma política nacional de desenvolvimento da cadeia produtiva", afirmou Barbosa. As propostas da indústria incluem a produção de trigo em novas áreas (Cerrado, Bahia, Ceará, São Paulo e Minas Gerais), o desenvolvimento de variedades resistentes a doenças pela Embrapa, a ênfase no aumento do fluxo de comércio exterior, sobretudo, no médio e longo prazo, no aumento das exportações e na redução da dependência externa.
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