São Paulo, 19/11/2020 - A produção de café da Colômbia na safra 2020/21 deve atingir 14,1 milhões de sacas, volume estável em comparação com o período anterior. A previsão é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que atribui o resultado ao "programa de replantio de variedades resistentes à ferrugem e supõe que as lavouras não terão forte impacto do fenômeno climático La Niña".
Supondo impacto apenas moderado do fenômeno La Niña, a produção de café colombiana, a segunda maior de arábica do mundo, atrás apenas do Brasil, deve permanecer forte como resultado de um bem-sucedido programa de replantio de cafeeiros resistentes, estima o USDA. A Federação dos Cafeicultores do país (Fedecafe) avalia que 83% da área total da Colômbia foi renovada com variedades resistentes à ferrugem, que tende a se disseminar com o tempo úmido. No entanto, cafeicultores e funcionários do governo continuam preocupados com o potencial das chuvas acima da média provocado pelo La Niña, que deve se materializar no fim deste ano e na primeira parte de 2021.
O USDA revisou para cima, em 2,2%, a produção colombiana 2019/20, de 13,8 milhões para 14,1 milhões de sacas. O departamento considera que condições climáticas favoráveis e as medidas tomadas para garantir mão de obra suficiente durante a pandemia de covid-19 favoreceram o bom desempenho.
Na safra 2020/21, as exportações de Café da Colômbia devem aumentar para 13,6 milhões de sacas, "em linha com o aumento dos níveis de produção", diz o USDA. As importações devem aumentar para 1,2 milhão de sacas, para atender a recuperação do consumo interno e das exportações.