Por Julliana Martins, com informações da Dow Jones Newswires
São Paulo, 25/11/2020 - A fabricante de máquinas agrícolas norte-americana Deere & Co. registrou lucro líquido de US$ 757 milhões, ou US$ 2,39 por ação, no quarto trimestre do ano fiscal 2020, encerrado em 31 de outubro. O resultado representa alta de 4,8% ante o registrado em igual período do ano anterior, de US$ 722 milhões, ou US$ 2,27 por ação.
A receita no período foi de US$ 9,73 bilhões, inferior em 2% ao obtido em igual intervalo do ano fiscal anterior, de US$ 9,89 bilhões. As vendas líquidas de equipamentos da companhia somaram US$ 8,66 bilhões no quarto trimestre fiscal deste ano, queda de 1% na mesma base comparativa.
O resultado trimestral da companhia reverteu o movimento de queda do lucro líquido observado nos dois trimestres anteriores, embora a trajetória de queda na receita tenha se mantido. Assim como outras empresas do setor, o desempenho da Deere reflete a gradual retomada da comercialização de máquinas e equipamentos agrícolas, após a cautela dos agricultores em relação a novos investimentos, em função das incertezas relacionadas à pandemia do novo coronavírus.
A Deere atribuiu o desempenho no trimestre à recuperação do setor agrícola, com preços mais altos e maiores volumes de venda, mas afirmou que as despesas com medidas de distanciamento social para os funcionários afetaram negativamente os resultados. "Os preços mais altos das safras e os fundamentos melhorados estão levando a um otimismo renovado no setor agrícola e melhorando a demanda por equipamentos agrícolas", disse o CEO da companhia, John C. May, em comunicado divulgado para a imprensa. Na divisão de construção e silvicultura, as vendas da empresa caíram 16% na comparação entre o quarto trimestre de 2020 e 2019. Já o segmento de equipamentos de agricultura e jardinagem teve alta de 8% nas vendas.
Para o acumulado do ano fiscal de 2021, a companhia espera que o lucro líquido fique entre US$ 3,6 bilhões e US$ 4 bilhões. A empresa estima também que as vendas da indústria de equipamentos agrícolas devem aumentar de 10% a 15%, com a recuperação esperada após o pico da pandemia.
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