Por Isadora Duarte
São Paulo, 12/08/2020 - O Brasil exportou 3 milhões de sacas de café em julho, considerando a soma de café verde, solúvel e torrado & moído, 10,4% menos em comparação com igual mês de 2019. "O volume representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para um mês de julho já registrado, apesar do atual cenário de pandemia por coronavírus" diz o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em levantamento mensal divulgado há pouco.
A receita cambial no mês passado foi de US$ 356,8 milhões, queda de 12,5% ante julho de 2019. O preço médio recuou 2,3% na comparação anual para US$ 117,40, segundo o relatório. Com relação às variedades embarcadas no mês, 74,4% das exportações foram de café arábica (2,26 milhões de sacas exportadas); 14,7% de café robusta (446,4 mil sacas) e 10,19% das exportações de café solúvel (331,8 mil sacas).
O mês de julho marca o início da safra 2020/21, em que o país pretende vender ao exterior mais de 40 milhões de sacas - volume embarcado na safra 2019/20 e segundo melhor resultado da história do País. "Os volumes de exportação registrados em julho mostram que iniciamos bem o ano cafeeiro, com uma boa entrada do café brasileiro no mercado e bons resultados em reais. Apesar do cenário de crise gerado pela pandemia, os resultados indicam que o agronegócio café vai se consolidar nos próximos meses com qualidade e sustentabilidade e, principalmente, tomando os cuidados necessários em relação aos protocolos privados, desde a colheita, passando pelos armazéns, transporte e chegando com segurança ao consumidor", disse o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, em comunicado.
Segundo Carvalhaes, a colheita está em um ritmo "muito bom" tanto em volume quando em qualidade. "Isso sinaliza uma boa performance para o ano cafeeiro", acrescentou o presidente do Cecafé.
Ano civil - No acumulado do ano civil (janeiro a julho de 2020, o Brasil exportou 22,94 milhões de sacas de 60 quilos de café, o que corresponde a uma queda de 3,6% em comparação com igual período de 2019. "O volume exportado também representa o segundo recorde histórico de exportações brasileiras de café para o mundo no período", disse o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), em levantamento mensal divulgado há pouco.
A receita cambial gerada no período foi de US$ 2,96 bilhões, praticamente estável em relação ao ano passado, com variação negativa de 0,5%. Já o preço médio subiu 3,2% na mesma base comparativa, para US$ 128,93 por saca.
Entre as variedades embarcadas nos primeiros sete meses do ano, 78,4% das exportações foram de café arábica, com 17,99 milhões de sacas embarcadas; 11,2% foram de café robusta (2,58 milhões de sacas) e 10,3% das exportações foram de café solúvel (2,36 milhões de sacas). Vale destacar que, entre as variedades, as exportações de café robusta cresceram 15% em relação ao acumulado entre janeiro e julho de 2019.
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