Agronegócios
08/07/2020 11:12

IBGE: safra de café será de 59 milhões de sacas, alta de 18,2% ante 2019


Por Vinicius Neder

Rio, 08/07/2020 - A estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a produção brasileira de café em 2020 foi revista em 3,1% na passagem de maio para junho, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do mês passado, divulgado há pouco. Agora, o IBGE espera uma produção total de 3,5 milhões de toneladas, ou 59,0 milhões de sacas de 60 kg, 18,2% acima do registrado em 2019.

Para o café arábica, a produção estimada foi de 2,672 milhões de toneladas, ou 44,5 milhões de sacas de 60 kg, crescimento de 4,8% em relação ao mês anterior e 28,9% frente ao ano anterior. A forte alta se explica pela “bienalidade positiva” da safra de café, cuja colheita é feita a cada dois anos, lembrou o IBGE.

Em Minas Gerais, principal produtor brasileiro, devendo responder por 72,3% da produção em 2020, a estimativa da produção de 1,931 milhão de toneladas, ou 32,2 milhões de sacas de 60 kg, apresenta crescimento de 30,2%, devendo o rendimento médio aumentar em 21,2% em relação ao ano anterior.

Para o café canephora, mais conhecido como conilon ou robusta, a estimativa da produção, de 869 mil toneladas, ou 14,5 milhões de sacas de 60 kg, apresenta declínios de 1,9% em relação a maio e de 5,8% em relação ao ano anterior, conforme o LSPA de junho. “A produção capixaba, que representa 65,8% do total nacional, encontra-se 4,2% menor em decorrência do declínio de 4,3% no rendimento médio. Em relação ao ano anterior, houve declínio de 10,3%. A Bahia revisou a produção (aumento de 7,9%) e Rondônia manteve a estimativa de maio”, diz a nota do IBGE.

Trigo - Entre os cereais de inverno, a estimativa da produção do trigo ficou em 7,0 milhões de toneladas no LSPA de junho, crescimento de 1,2% em relação à estimativa do mês anterior. Em relação ao ano anterior, a estimativa encontra-se 33,0% maior, segundo o IBGE. A Região Sul deverá responder por 90,2% da produção nacional de trigo. O Paraná, maior produtor do cereal, com participação de 52,8% no total nacional, teve a produção estimada em 3,672 milhões de toneladas, crescimentos de 3,8% em relação ao mês anterior e de 72,2% em relação a produção de 2019.

Cana - Já a produção brasileira de cana-de-açúcar deverá alcançar 685,4 milhões de toneladas, crescimento de 1,8% em relação ao LSPA de maio. São Paulo, com 353,9 milhões de toneladas, é responsável por 51,6% da produção nacional, informou o IBGE. Reavaliações positivas de 0,9% na área a ser colhida e de 2,6% na produtividade proporcionaram um aumento de 3,5% na produção paulista.

“Em termos de importância, o açúcar deve continuar como segundo subproduto da cana nessa safra, mas segue elevando sua participação quando comparado com a safra de 2019”, diz a nota do IBGE.

Feijão - O LSPA de junho estimou, ainda, uma produção nacional total de 3,0 milhões de toneladas de feijão, redução de 1,6% em relação ao mês anterior. Os maiores produtores, somadas as três safras, são Paraná com 19,9%, Minas Gerais com 17,2% e Goiás com 11,1% de participação na produção nacional. Em relação a 2019, a estimativa para a área plantada foi reduzida em 3,9%, com a estimativa da safra total caiu 2,9%. Houve aumento de 0,6% na estimativa do rendimento médio, informou o IBGE.

Contato: vinicius.neder@estadao.com
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