São Paulo, 05/03/2021 - Várias entidades ligadas ao setor agropecuário no Paraná enviaram nesta sexta-feira ao Ministério da Agricultura suas propostas para o Plano Safra 2021/22, informou há pouco, em nota, a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar).
Entre as principais, está o montante que deve ser ofertado para o crédito rural no próximo ciclo agropecuário, que se inicia em 1º de julho. O Paraná está solicitando o total de R$ 277 bilhões, sendo R$ 209 bilhões para créditos de custeio e comercialização e R$ 68 bilhões para investimento. "No ano passado, o governo federal destinou R$ 236,6 bilhões", cita a Ocepar.
As entidades paranaenses reivindicam ainda o aumento no montante de recursos alocados para a equalização de taxas de juros no crédito rural, de R$ 11,3 bilhões para R$ 15 bilhões, e a redução da taxa de juros do crédito rural em 1 ponto porcentual para Pronaf, Pronamp e demais produtores, "além de não indexar a taxa de juros de nenhum programa de crédito rural".
Outra reivindicação diz respeito às exigibilidades bancárias, "cujas demandas estão diretamente ligadas à disponibilidade de recursos obrigatórios para funding do crédito rural", lembra a Ocepar. Desta forma, o agro do Paraná solicita, por exemplo, manter em 27,5% o porcentual da exigibilidade dos recursos obrigatórios, revogando o artigo 5º da Resolução 4.829/20, que estabelece redução para 25%, a partir do período de cumprimento que se inicia em 1º de julho de 2021. Também a manutenção em 59% do porcentual de exigibilidades para a poupança rural.
Assinam o documento enviado à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, além da Ocepar, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares do Estado do Paraná (Fetaep) e a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).