Agronegócios
09/03/2018 12:05

Rally da safra: após clima favorável, leste de Goiás espera outra safra robusta em 2017/18


São Paulo, 09/03/2018 - O setor produtivo do leste de Goiás trabalha com uma perspectiva de safra de soja robusta em 2017/18, e em muitos casos produtores relatam produtividades acima do ano passado, quando os resultados foram recordes nas áreas já colhidas. A Equipe 6 do Rally da Safra, que o Broadcast Agro acompanha, encontrou agricultores otimistas, com volumes adequados de chuva durante o desenvolvimento da oleaginosa.

Conforme o vice-presidente da Aprosoja-Goiás, José Fava Neto, que também é produtor no leste do Estado, os resultados da safra 2017/18 estão surpreendendo positivamente. "A produtividade está próxima do ano passado, que foi excelente", apontou. "Os relatos que a gente tem é que no sudoeste do Estado houve uma quebra de 3% a 5% em relação ao ano passado. A região leste de Goiás é mais uma região de soja de ciclo médio, e a safra está entre 30% e 40% colhida, com produtividade muito boa. Os primeiros resultados estão um pouco acima do ano passado, mas a gente espera fechar a média igual à do ano passado, que já foi muito boa, de modo geral, em torno de 60 sacas por hectare." No ciclo passado, a produtividade saltou de 55 sacas para 60 sacas por hectare na região.

O produtor e consultor Wilson Tartuci, de Catalão, destacou que o plantio foi feito dentro da janela normal para a região, entre o fim de outubro e o fim de novembro. A região recebeu boas chuvas ao longo de novembro, quase o dobro do normal para o período, segundo ele, o que favoreceu a soja e, ao longo do ciclo, as precipitações foram dentro da média. "Tivemos só um probleminha de 15 dias para cá, de muita chuva na colheita. Mas agora está dando para colher, e as produtividades têm vindo acima das médias históricas, melhor do que o ano passado, que já foi uma safra boa." Ele, que planta 700 hectares em Catalão, espera colher 64 sacas por hectare, em comparação com 63 sacas por hectare no ciclo anterior. Quanto à sanidade das lavouras, ele ressaltou que não ocorreram grandes problemas. "Este ano foi de pouca praga e pouca doença." A colheita na sua área atinge 20%.

Partes da região, segundo ele, passaram por um período de seca no atual ciclo, mas não houve grandes danos à produtividade. "Tenho uma área que teve 25 dias sem chuva em janeiro, e rendeu 75 sacas por hectare. O solo é bom, e a planta desenvolveu bem a raiz." Além das condições de solo da região, ele destacou o esforço dos produtores no manejo como fatores que contribuem para minimizar efeitos de períodos de estiagem.

Em Cristalina, o produtor Paulo Henrique de Antonio Silva acredita que será possível obter média de produtividade na soja acima de 60 sacas por hectare em 1.420 hectares plantados com soja. A colheita atinge 66% da área. Ele ressaltou que a região teve um período de seca de 22 dias em janeiro, e alguns produtores tiveram problemas, mas na sua área não houve perdas. "Estou otimista, esta pode ser a minha melhor safra. Acredito em incremento de 15% na produtividade", concluiu. (Leticia Pakulski* - leticia.pakulski@estadao.com)

*A jornalista viaja a convite da Agroconsult
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