Agronegócios
02/10/2019 11:51

Fertilizantes/FCStone/Gabriela Fontanari: no Brasil, no 4tri19, demanda será guiada pelo milho safrinha


Por: Isadora Duarte

São Paulo, 02/10/2019 - A demanda brasileira por fertilizantes será guiada pela produção da próxima temporada de milho safrinha nesta quarto e último trimestre do ano, segundo avaliação da analista de mercado da consultoria INTL FCStone, Gabriela Fontanari. “A perspectiva de aumento na área e na produção de safrinha tende a impulsionar a demanda interna por nitrogenados, enquanto a demanda por fosfatados deve continuar desaquecida com o plantio da soja já em andamento”, disse Gabriela, durante o evento “Hedge de Fertilizantes”, realizado pela consultoria nesta manhã em São Paulo.

As principais regiões produtoras de milho segunda safra, também chamada de safrinha, iniciam o plantio do cereal em meados de fevereiro e, por isso, as compras dos insumos, são realizadas tradicionalmente no último trimestre do ano anterior. “O período de relação de troca mais favorável para os produtores do cereal será o 1º semestre, como acontece sazonalmente”, observou a analista. As entregas de contratos fechados previamente devem se concentrar no Centro-Oeste, principalmente dos insumos para plantio da safra de verão 2019/20.

Para a analista, esse momento de baixa nos preços mundiais de fertilizantes é uma oportunidade de compra para os produtores brasileiros. “A demanda desaquecida e oferta elevada levou os preços ao nível mais baixo em 10 anos, o que tornou os fertilizantes menos custosos para o produtor. A relação de troca caiu 16% desde o início do ano”, considerou Gabriela.

A queda acentuada nas cotações mundiais deve-se principalmente, segundo a analista, à menor demanda norte-americana, em virtude do atraso no plantio da safra 2019/20, e à oferta elevada dos principais produtores do insumo. Esse movimento de baixa, contudo, não deve se estender até o próximo trimestre. “China, Canadá, Alemanha, Estados Unidos já anunciaram importantes cortes na produção, o que vai estabilizar a oferta mundial. Diante disso, a tendência é de alta para os preços dos adubos no mercado global a partir do primeiro semestre de 2020.”

Contato: Isadora.duarte@estadao.com
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