Agronegócios
28/03/2018 16:15

Máquinas Agrícolas/Abimaq: Vendas caem 5,1% no 1º bimestre ante 1º bi/2017, para R$ 1,65 bilhão


São Paulo, 28/03/2018 - As vendas internas das empresas abrigadas na Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) recuaram 5,1% no primeiro bimestre de 2018, para R$ 1,649 bilhão, segundo dados divulgados nesta quarta-feira na sede da entidade, em São Paulo. Entre janeiro e fevereiro de 2017, o faturamento havia somado R$ 1,737 bilhão.
Apenas em fevereiro, o recuo foi de 6,1%, para R$ 942,9 milhões.

A queda nos dois primeiros meses de 2018 ocorreu em virtude da troca de sistema feita pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em janeiro, para adoção da TLP (taxa de longo prazo) em algumas linhas de financiamento do banco (não as do Plano Safra), o que acabou prejudicando a tomada de recursos por agricultores, segundo o presidente da Câmara, Pedro Estevão Bastos. "O BNDES ficou 15 dias sem funcionar em janeiro. Tirando este fator, não houve outra razão que prejudicasse os negócios no período", disse o executivo.

Para o ano de 2018, contudo, a Câmara projeta aumento de vendas de máquinas no mercado interno entre 5% e 8% sobre as do ano passado, que somaram R$ 13,705 bilhões, segundo Bastos. Em 2017, a comercialização interna de máquinas cresceu 7,2% ante as 2016.

As vendas externas das empresas da Câmara continuam crescendo, como observado no fim do ano passado. Entre janeiro e fevereiro, avançaram 23,1% na comparação com igual intervalo do ano passado, e totalizaram US$ 143,9 milhões. Conforme Bastos, Argentina e Paraguai lideram as compras de maquinário agrícola produzido no Brasil, impulsionadas pelo crescimento da atividade agropecuária nestes países.

Em seguida aparece a Rússia, que vem direcionando parte de suas compras de máquinas agrícolas para o Brasil após as sanções aplicadas ao país pelos Estados Unidos e pela União Europeia em reação à anexação da Crimeia. A região ainda é considerada um território ucraniano pela maior parte da comunidade internacional. (Clarice Couto - clarice.couto@estadao.com)
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