Brasília, 13/09/2017 - Após café da manhã no Palácio da Alvorada do presidente Michel Temer com ministros e líderes da base aliada no Congresso, o ministro dos Transportes, Maurício Quintella, disse que o objetivo do encontro foi mostrar os avanços da economia durante o atual governo e pedir o apoio dos congressistas para aprovação das reformas tributária e da previdência. Segundo ele, a possível nova denúncia contra o presidente não foi tema do encontro, mas, de acordo com o ministro, o governo deve continuar funcionando independente disso.
"Foi uma reunião informal para mostrar informações sobre os avanços da economia. O governo assumiu com uma inflação de dois dígitos, que já caiu para 3%, com o risco Brasil alto, que já caiu para próximo do grau de investimento. O PIB voltou a crescer e tem um viés de alta, a produção industrial e a movimentação de cargas também se recuperaram, assim como o setor aéreo. E o País já gera cerca de 30 mil empregos por mês."
Participaram do encontro 19 ministros e 17 deputados da base, segundo lista de presentes divulgada há pouco pelo Planalto. Segundo Quintella, Temer pediu aos congressistas o apoio para aprovação das reformas. "Queremos retomar o debate sobre a reforma da previdência e aprovar a reforma tributária, que é menos polêmica", disse o ministro.
Questionado se a possível segunda denúncia contra o presidente Temer pode atrapalhar os planos do governo de votar grandes mudanças na Constituição, o ministro disse que o papel do governo é continuar trabalhando. "A primeira denúncia não travou a pauta econômica. O que travou a reforma da previdência foi a proximidade das eleições e outras discussões no Congresso", respondeu Quintella. "As investigações e denúncias devem ser e estão sendo tratadas pelo Judiciário. O nosso trabalho é continuar administrando o País", completou.
O ministro disse ainda que o governo está trabalhando para vencer o que chamou de "pauta negativa". Segundo ele, a intenção é aumentar a divulgação dos bons resultados da economia sob a atual gestão. "O governo tem que avançar naquilo que é bom para o País." (Eduardo Rodrigues - eduardor.ferreira@estadao.com)