Agronegócios
31/07/2019 18:38

BC: decisão do Copom é compatível com convergência da inflação para a meta no horizonte relevante (2020)


Por: Fabrício de Castro e Eduardo Rodrigues

Brasília, 31/07/2019 - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central avaliou que a decisão - tomada há pouco - de reduzir a Selic (a taxa básica da economia) de 6,50% para 6,00% ao ano é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano calendário de 2020. O comitê manteve os alertas sobre a necessidade de continuidade das reformas na economia.

Após a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno pelo plenário da Câmara dos Deputados, o comunicado do Copom reconheceu que “o processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado”. O BC enfatizou, ainda, que a continuidade desse processo é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia.

“O Comitê ressalta ainda que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes. Em particular, o Comitê julga que avanços concretos nessa agenda são fundamentais para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva”, repetiu o colegiado.

Ao detalhar o balanço de riscos considerado pelo Copom, o documento citou que permanecem fatores em ambas as direções - de alta ou baixa para a inflação. Do lado da baixa, permanece o alto nível de ociosidade da economia. Do lado de alta, seguem uma eventual frustração das expectativas de continuidade das reformas e uma eventual reversão do cenário externo que atualmente é benigno para as economias emergentes.

“O Comitê reconhece que o balanço de riscos para a inflação evoluiu de maneira favorável, mas avalia que o risco (de frustração das expectativas de continuidade das reformas) ainda é preponderante”, acrescentou o comunicado.
Mais uma vez, o Copom considerou que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.

Contato: fabricio.castro@estadao.com e eduardor.ferreira@estadao.com
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