Agronegócios
17/09/2018 09:47

Goldman Sachs eleva recomendação de BRF para compra com risco/retorno mais atraente


São Paulo, 17/09/2018 - O Goldman Sachs elevou a recomendação da BRF de venda para compra ao citar que a relação de risco/recompensa para a ação agora está mais atraente e que o "fundo do poço" está próximo. Com a revisão, a casa também ajustou o preço-alvo em 12 meses da ação, que passou dos atuais R$ 19,00 para R$ 30,80, o que implica em um potencial de alta de 50,3% em relação ao fechamento de sexta-feira, de R$ 20,49. No caso dos ADRs, o preço-alvo foi elevado de US$ 5,10 para US$ 7,40, com potencial de alta de 49% em relação ao último fechamento, de US$ 4,97.

O novo valor considera a meta de EV/Ebitda (relação entre valor da empresa e Ebitda) de 9,5 vezes com base em um Ebitda normalizado de R$ 3,85 bilhões, ou uma margem de 11,5% sobre as receitas reportadas em 2017.

"Utilizamos as receitas de 2017 como base de cálculo dada a baixa visibilidade sobre a potencial venda de ativos e da normalização do mercado de exportação. As ações da BRF estão 72% abaixo do pico atingido em agosto de 2015, enquanto o Ibovespa acumula alta de 50% no mesmo período. Em 2018, a queda da ação chega a 44%, enquanto a do Ibovespa está em 2%, após uma sequência de problemas operacionais, de mercado e financeiros, o que acreditamos ter atingido os resultados do segundo trimestre de 2018, com a companhia atingindo as menores margens bruta e Ebitda já registradas", diz em relatório o analista Luca Cipiccia.

No momento, o valuation sobre margens normalizadas da BRF, acrescenta Cipiccia, registra o maior desconto de sua história. "Nosso valuation agora está ancorado em múltiplos normalizados históricos e lucratividade. Na média dos últimos 12 anos, as margens bruta/Ebitda da BRF foram de 24,9%/11,4% e as ações seguiram negociadas em uma média EV/EBITDA de 9,5 vezes e um P/E (preço/lucro) de 18,6 vezes. Acreditamos que esses níveis podem enfim retornar e, depois de três anos de uma correção cíclica para baixo na margem bruta da BRF acreditamos que um ponto de virada irá se materializar em 2019". (Fabiana Holtz - fabiana.holtz@estadao.com)
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