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05/04/2019 15:56

Futuro do mercado jurídico é tema de pesquisa e estudos da Harvard Law School


(DINO - 05 abr, 2019) -
Todas as profissões têm passado por transformações, mas tais mudanças têm acontecido, justamente, porque o mundo e, principalmente, as pessoas estão evoluindo. Com a área do Direito não é diferente, a profissão jurídica sempre foi uma das mais conservadoras, entretanto, de acordo com as pesquisas de um dos mais renomados estudiosos sobre o mercado jurídico, David Wilkins, vice-reitor da Harvard Law School, a globalização das atividades econômicas, o aumento exponencial da velocidade e sofisticação da tecnologia além do desfoque do tradicional modelo de negócios exigiram que os horizontes fossem ampliados.

Segundo dados do Cadastro Nacional de Advogados (CNA) e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), existe mais de 1 milhão de advogados no país e mais de mil instituições que lecionam o curso de Direito. Diante de uma oferta tão grande de mão de obra, a forma com a qual os escritórios e departamentos jurídicos obterão êxito em seus negócios está mudando e estes profissionais também.  

Durante evento realizado na última segunda-feira, 01/04, a Finch Soluções, empresa de tecnologia precursora no provimento de soluções para o ramo jurídico, recebeu, a convite de seu CEO, Renato Mandaliti, o professor David Wilkins para palestrar sobre inovação disruptiva para o mercado jurídico global, assim como o futuro das empresas jurídicas, dos escritórios de advocacia e dos próprios advogados.           

Durante sua palestra, o professor bateu incisivamente nas teclas da disrupção e inovação que geraram um espaço no mercado global para novos players. Citando a teoria do também professor de Harvard, Clayton Christensen, “a Inovação Disruptiva ocorre quando os padrões existentes de trabalho, organização e hierarquia são radicalmente transformados em um espaço de tempo relativamente curto”, David aponta que essa disrupção acontece sempre com a chegada de novos concorrentes.

O vice-reitor da Harvard Law School explica que o Direito é a área mais complicada para a disrupção por ser uma disciplina com regras rígidas, apegada à tradicionalidade. Já a inovação tem significados diferentes para indivíduos e organizações também diferentes nesta área. Inovação significa mais do que apenas tecnologia e para que a tecnologia seja eficaz, ela deve ser combinada com um profundo entendimento sobre a lei e a prática jurídica. “Existem tipos diferentes de inovação em relação às empresas e ao mercado. Inovações disruptivas usam novas tecnologias e métodos para criar novos nichos que transformam os antigos, mas para as empresas bem-sucedidas ainda é difícil adotar algo totalmente novo tecnologicamente falando apenas por ser inovador e descartar os modelos atuais se eles estão dando lucros”, afirma David.

Os escritórios muito tradicionais precisam estar antenados às mudanças globais, não apenas por mera atualização, mas, sim, para a correta compreensão das necessidades de seus clientes, uma vez que as empresas querem soluções rápidas para seus problemas que muitas vezes demandam um conhecimento profundo acerca do tema. Por isso a necessidade da Inovação Disruptiva, que permite aos escritórios continuarem prestando seus serviços, mas de forma mais rápida e precisa. “Nota-se que tanto os escritórios quanto os próprios advogados têm mudado sua forma de pensar e agir, mas este ritmo precisa aumentar para acompanhar a velocidade das inovações tecnológicas”, aconselha o professor.

Há alguns anos, David esteve no Brasil para conhecer o modelo de negócio do JBM Advogados, o primeiro escritório a desenvolver robôs de automação para áreas jurídicas, na época o professor ressaltou que só tinha visto na Índia algo parecido com o que o JBM fazia aqui. “Vocês estão indo na direção em que o mundo vai”, enfatizou. Essa visita resultou em uma aproximação entre Renato Mandaliti, sócio do JBM Advogados, e Wilkins, justamente por partilharem da mesma visão estratégica sobre o futuro do mercado global de serviços jurídicos com a chegada das inovações tecnológicas e da inteligência artificial.

Tanto David Wilkins quanto Renato Mandaliti concordam que o robô não substitui o capital humano, terá sucesso àquele que entender o negócio do cliente e puder oferecer a melhor solução. “Para entender o problema do cliente, você precisa entender da perspectiva dele e dessa forma construírem juntos a melhor solução. A diferença está na humanização da ação, os advogados não vão virar robôs, ainda há muito o que desenvolver e caminhar nessa área de inovação e disrupção. A tecnologia não está transformando apenas a área do Direito, está transformando o mundo todo”, finaliza Renato Mandaliti.

 



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